Grêmio adota 'lucro técnico', aguenta pressão e mantém estrelas ao máximo

Lucrar nem sempre tem a ver com dinheiro. Pelo menos não no Grêmio. Ao fechar a venda de Arthur para o Barcelona, que será operacionalizada até a próxima semana, o clube não vê na entrada de 30 milhões de euros (R$ 120 milhões) o principal benefício. Para o clube, a melhor notícia é mantê-lo até o fim do ano.
Foi uma condição imposta pelo Grêmio. Ciente que Arthur tem mercado e teria facilidade de negociação seja nesta janela ou nas próximas, o clube foi firme e impôs ao Barça a permanência. Só liberaria de forma imediata caso os espanhóis arcassem com a multa rescisória de 60 milhões de euros (R$ 240 milhões).
Não foi o que aconteceu. O Barcelona precisou ceder e contemplou a premissa gremista: o lucro técnico. Ficar com Arthur - mesmo que recebendo menos na transação - garante ao Tricolor tempo para pensar na reposição e mais um ano, ao menos, dele contribuindo para crescimento do clube.
"Conseguimos um lucro técnico muito importante com a permanência do Arthur. Isso foi uma imposição nossa. Se for para sair, não vai sair antes do fim do ano", disse o presidente Romildo Bolzan Júnior, que ainda não confirma a negociação publicamente pela falta de trâmites legais e médicos.
Não é novidade o Grêmio segurar seus principais jogadores. Depois de reequilibrar-se financeiramente, o Tricolor abandonou a postura vendedora e passou a priorizar o rendimento da equipe em detrimento das sobras no caixa.
Exemplo claro disso é Luan. O atacante já foi pretendido por uma série de clubes, recebeu sondagens, propostas, teve uma dura negociação de renovação, mas jamais deixou o Grêmio. É titular do time há aproximadamente quatro anos. Foi protagonista nas conquistas da Copa do Brasil, da Libertadores e da Recopa. Receberá na próxima quarta-feira o prêmio de Rei da América, dado pelo jornal uruguaio El País ao melhor jogador do continente na última temporada.
Mesmo que corra o risco de perder dinheiro sem uma negociação grande com o jogador, o Tricolor não abriu mão de mantê-lo no grupo o maior tempo possível. Só liberará quando for sob seus moldes, na ocasião que assim preferir.
"O Grêmio firma seus negócios quando é de seu interesse. Não temos qualquer pressão ou necessidade que nos faça agir diferente disso", finalizou Bolzan.
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