"Quero ser o último a ser indenizado", diz Henzel sobre acidente da Chape
Quase sete meses após a tragédia da Chapecoense, o sobrevivente Rafael Henzel assumiu a luta pela indenização às famílias das vítimas e questionou a falta de punição da LaMia, empresa responsável pelo voo.
“Eu tento ser um consolador. Só os jogadores tinham seguros. Tirando o hospital em Chapecó e a própria Chapecoense, ninguém me ligou. A gente esperava que a empresa fosse punida. O próprio time teve que lutar. Eu quero ser o último a ser indenizado. Não posso me punir porque estou vivo, mas posso brigar para que as famílias sejam atendidas”, falou em entrevista ao programa Mais Você, da “TV Globo”.
Henzel se refere ao seguro que é fornecido somente aos atletas pela Confederação Brasileira de Futebol. Deste modo, as famílias das outras vítimas não receberam indenizações.
Por esse motivo, os profissionais lutam pela aprovação da “Lei Caio Júnior”, que solicita que os contratos dos treinadores, auxiliares e preparador de goleiros sejam registrados na CBF e federações estaduais.
O projeto de lei de autoria do deputado José Rocha (BA) ainda busca que os cursos para qualificação tenham anuência da CBF e que os treinadores tenham assegurado que os clubes arquem com os valores de possíveis rescisões contratuais.
Os resultados das investigações sobre a tragédia ainda não foram divulgados pelo governo colombiano e pela empresa inglesa, British Aerospace, fabricante do modelo utilizado pela LaMia. Portanto, nenhuma punição foi definida.
Henzel era um dos integrantes do voo que acabou caindo em Medellin em novembro de 2016. A tragédia vitimou fatalmente 71 pessoas, entre jogadores, convidados, dirigentes e membros da imprensa. Apenas seis pessoas sobreviveram, entre elas Henzel, que já retomou suas atividades como narrador.
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