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Dedé valoriza aprendizado com Túlio Maravilha e retribui apoio a Moisés

Terça-feira será especial para Dedé: sai o uniforme de treino, entra a camisa de jogo - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Terça-feira será especial para Dedé: sai o uniforme de treino, entra a camisa de jogo Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

21/03/2017 04h00

A noite desta terça-feira será especial para o zagueiro Dedé. Após um ano e 22 dias, o defensor vestirá mais uma vez a camisa de jogo do Cruzeiro. Recuperado de uma fratura na patela do joelho direito, o Mito está relacionado para a partida contra o Joinville, pela Primeira Liga. Apesar de não saber se começará jogando ou nem mesmo se entrará em campo, não faltou alegria em seu primeiro contato com a imprensa após um longo calvário no departamento médico. Esbanjando felicidade, Dedé lembrou dos tempos difíceis, mas valorizou o aprendizado ao longo da carreira e que hoje o ajuda a lidar com os problemas e a passar a experiência aos garotos mais jovens.

"Quando a gente vem para uma coletiva em um momento de alegria, fica tudo mais fácil, mais natural. É muito bom, senti falta de vir aqui falar algumas coisas sobre o meu jogo, sobre o que estou pensando. Os últimos meses foram bem tristes, mas agora estou em um momento de euforia", comentou o jogador, em suas primeiras palavras na coletiva de imprensa da última segunda.

Hoje aos 28 anos, o zagueiro se considera maduro o suficiente para superar o trauma dos últimos anos e recuperar o futebol que despertou a atenção do Cruzeiro. Parte dessa experiência, segundo ele, foi adquirida ao lado de veteranos como Felipe e Túlio Maravilha, que atuou com o jogador nos tempos de Volta Redonda. Na época, Dedé ainda tinha 17 anos, enquanto o atacante estava com 36.

"Eu ganhei muita experiência cedo. Com 15 anos eu subi para o profissional no Volta Redonda e jogava com o Túlio Maravilha. Esses caras conversavam muito comigo. No Vasco eu também joguei com grandes jogadores, com o Felipe, Fernandão, e por isso hoje eu já me sinto um cara bem maduro", comenta.

Durante o tempo em que ficou parado, Dedé viveu as mais diferentes sensações. Após a lesão em fevereiro de 2016, o zagueiro ficou perto de voltar três meses depois, mas precisou realizar outra cirurgia. Diante da gravidade da lesão, os médicos do Cruzeiro optaram por realizar o procedimento com um especialista nos Estados Unidos. No fim do ano, apesar do cenário ainda incerto, Dedé ganhou uma renovação por mais dois anos no clube. Desde então, entrou no estágio final da recuperação até ser totalmente liberado do departamento médico e voltar a treinar com o grupo.

Em todos esses momentos, Dedé lembra que sempre contou com a ajuda de amigos para superar os dramas da carreira. Agora, os papéis se invertem e é o veterano quem procura ajudar os mais jovens. E um deles é Moisés. Peça importante do Palmeiras no título brasileiro de 2016, o meia rompeu dois ligamentos do joelho esquerdo e só deverá voltar aos gramados em pelo menos seis meses.

"Eu tenho muitos amigos no futebol, até com quem está fora. Ontem falei com o 'cabeça de míssil' (Bruno Rodrigo, hoje no Grêmio), a galera me manda mensagens. É importante ressaltar isso, graças a Deus eu fiz bastante amizade. Todos aqui me deram apoio. As tias que estão na cozinha, o rapaz da grama, Sorriso. Isso não tem preço. E o Moisés, do Palmeiras, que repostou o meu post, me dando apoio. Quando ele machucou, eu mandei uma mensagem para ele. Eu sei que é difícil quando você tem uma contusão. Pensei rápido para tentar minimizar o sofrimento dele. É um menino forte. Fiquei muito feliz com a mensagem, essas coisas valem muito no futebol".