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Ábila atinge um gol por jogo com poucos toques e finalização quase perfeita

Quando toca na bola, Ábila costuma ser letal para os goleiros adversários -  Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Quando toca na bola, Ábila costuma ser letal para os goleiros adversários Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

21/02/2017 04h00

No último sábado, Ramón Ábila entrou em campo mais uma vez pelo Cruzeiro. Diante da URT, o atacante não conseguir sair com a vitória, mas foi dele o único gol celeste naquele dia, marcado já na etapa final. Com o tento anotado de pênalti, o jogador atingiu cinco gols em suas primeiras cinco partidas do ano. A alta média de um tento por compromisso já o coloca como artilheiro da equipe e reforça seu forte poder de finalização dentro das quatro linhas.

Mano Menezes já explicou seus motivos para escalar Rafael Sóbis ou Ábila no time principal. Enquanto o camisa 7 tem mais movimentação e ajuda com mais frequência a recomposição defensiva, o argentino é aquele jogador que mal participa do jogo, mas que pode decidir uma partida em apenas um toque. E isso também pode ser comprovado nos números. Além do faro de gols, Ábila prova que não é preciso de muito para balançar as redes, oferecendo em média apenas cinco passes por partida. É assim no Campeonato Mineiro (15 passes em três jogos) e nos compromissos da Copa da Primeira Liga (dez passes em dois jogos), ocasiões em que ele pouco apareceu, mas foi essencial na hora de definir e ajudar o time.

O aproveitamento de Ábila nas finalizações também não deixa a desejar. Até aqui na temporada de 2017, o atacante chutou a gol por apenas oito vezes. Três delas não acertaram o alvo, mas as cinco restantes superaram o goleiro adversário e foram parar todas nas redes. Não é à toa que, mesmo sem atuar no time titular, ele é o artilheiro do Cruzeiro no Mineiro, com três gols, e na Primeira Liga, com dois.

No passado recente, poucos goleadores conseguiram atingir a alta média de Ábila, mas todos eram considerados titulares da equipe. O primeiro deles é Wellington Paulista. Em 2012, o jogador teve um início de ano arrasador e fez seis gols em quatro jogos. No ano seguinte, Borges marcou por duas vezes no clássico contra o América e chegou ao sexto gol na quinta partida. Já no ano de 2015, Leandro Damião também fez cinco gols rapidamente, mas precisou de sete compromissos para atingir o feito.