Com F. Melo como líder, Baptista dá pistas do que quer dos novos reforços
Duas semanas bastaram para Eduardo Baptista sinalizar o padrão esperado para o Palmeiras de 2017. O novo técnico do atual campeão brasileiro insistiu nos trabalhos táticos e demonstrou, logo no primeiro teste, o que espera dos novos reforços. Ao todo são oito novos atletas em relação ao time laureado do ano passado.
Ainda sem contar plenamente com Moisés, fora dos últimos três trabalhos com bola – incluindo o jogo-treino diante da União Barbarense -, Eduardo Baptista promoveu Michel Bastos ao time titular, em função semelhante ao novo camisa 10 palmeirense.
Mesmo nos trabalhos táticos em que contou com Moisés, Michel Bastos trabalhou pelo centro; posição diferente da qual destacou-se com a camisa do São Paulo, geralmente aberto pelas pontas.
Outros dois novos reforços também exerceram esta mesma função pelo centro nos últimos dias: Raphael Veiga e Hyoran. O primeiro se mostra como uma das primeiras alternativas a Moisés, enquanto o segundo também foi utilizado pelo lado direito do meio-campo no treinamento específico por posições.
Dentre os novos nomes palmeirenses, além de Michel Bastos, Felipe Melo também trabalhou entre os titulares. A grande estrela do Palmeiras posicionou-se atrás da linha de quatro meio-campistas e ganhou liberdade para ditar o ritmo na saída de bola.
Felipe Melo rapidamente assumiu um papel de líder e conta com a anuência do novo treinador. O volante de 33 anos orienta durante os treinamentos, corrige erros de posicionamento e ainda possui a liberdade de criar desde o campo defensivo; as inversões de jogo se destacaram.
Outros três atletas recém-chegados ao Palmeiras participaram do jogo-treino da última quarta-feira. Antônio Carlos, indicação direta de Eduardo Baptista, contou com 35min para se entrosar com Thiago Martins, com quem concorre por minutos de jogo; nas melhores condições físicas, Mina e Vitor Hugo ocuparão as vagas no time titular, e Edu Dracena surge como a primeira opção.
Já Keno e Willian se apresentaram ao treinador diante da União Barbarense. O ex-atacante do Santa Cruz desde o início trabalha como o homem pelo lado esquerdo na linha de quatro meio-campistas; agora, além da liberdade para investir nas jogadas individuais, o camisa 27 precisará também dedicar-se à marcação dos laterais adversários.
Willian iniciou a trajetória no Palmeiras como um ‘camisa 9’. O atacante de mobilidade e chute de média distância, características que agradam ao treinador, possui dois concorrentes com características distintas na briga pela titularidade: Alecsandro, este com capacidade de recuar e até distribuir o jogo, e Lucas Barrios, forte e capaz de realizar o trabalho de pivô.
O venezuelano Alejandro Guerra, ainda em trabalhos físicos de pré-temporada e recém-chegado da Colômbia, não foi testado nos trabalhos táticos de Eduardo Baptista. O melhor jogador da Libertadores terá a oportunidade de se mostrar ao comandante na próxima semana.
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