Pilotos de voo da Chape cogitaram abastecimento e discutiram sobre verba
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (26), as autoridades da Aeronáutica Civil Colombiana (Aerocivil) deram explicações técnicas sobre as causas da queda do avião da Chapecoense próximo a Medellín, na madrugada do dia 29 de novembro, que matou 71 pessoas, e apontaram que a tripulação cogitou uma parada para reabastecimento, na Colômbia, o que não foi colocado em prática. A causa do acidente foi a falta de combustível.
Em um trecho da conversa com os jornalistas, o secretário de segurança da Aerocivil, Freddy Bonilla, conta que os pilotos da Lamia cogitaram uma parada para reabastecimento assim que entraram no espaço aéreo colombiano e chegaram a discutir se possuíam dinheiro suficiente para pagar os serviços pelo reabastecimento do avião.
Segundo o secretário de segurança aérea, as gravações ainda mostram que piloto e copiloto conversaram sobre fazer escala em Leticia (Colômbia) ou em Bogotá (Colômbia) “porque o avião se encontrava no limite de combustível”, mas que depois decidiram não fazer.
Freddy Bonilla ainda ressalta que uma vez que a parada fosse feita que a falta de combustível constatada, a Lamia sofreria sanções por parte das autoridades colombianas.
“De acordo com a decisão de tripulação e torre ajuda para que possa aterrissar. Se aterrissa e é determinada que falta combustível, a aeronave é suspensa e se paralisa as operações de voo. Uma multa pode chegar a mais de 500 salários mínimos”, explicou Bonilla.
As autoridades colombianas informaram que o avião da Lamia tinha sobrecarga, plano de voo irregular e só avisou de uma emergência poucos minutos antes da queda da aeronave, que matou 71 pessoas, mas que a principal causa da queda foi a pane seca, falha total de motores causada pela falta de combustível no avião.
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