Gratidão e autonomia: os pilares do Vasco para manter Jorginho
Invicto com o Vasco há seis meses e na final do Campeonato Carioca, Jorginho atingiu um novo patamar em sua carreira de treinador. Antes uma aposta, tornou-se uma realidade e agora é o grande desejo do Cruzeiro para ocupar o lugar de Deivid, demitido. O Cruzmaltino, porém, segue tranquilo e aposta em dois pilares para a continuidade do treinador no clube: gratidão e autonomia.
Eurico Miranda estendeu a mão para Jorginho e Zinho no momento em que a dupla estava desempregada. Juntos, eles toparam o desafio e quase livraram o time de um rebaixamento que já era dado como certo. O bom trabalho encheu os olhos do presidente, que enxergou no comandante um projeto a longo prazo. Para isso, não se furtou em satisfazer os desejos do técnico. Jorginho teve tudo, ou quase tudo, o que desejou: manutenção da base da equipe, renovação de contrato de peças importantes como Martín Silva, Luan, Andrezinho e Nenê e, principalmente, a liberdade para implementar sua filosofia de jogo, algo que, atualmente, já estende até mesmo para as categorias inferiores do clube.
É certo que a postura do treinador na coletiva pós-vitória sobre o Remo, na última quarta-feira, não foi das mais esperadas por alguns membros da diretoria, quando preferiu “despistar” sobre o interesse do Cruzeiro. Mesmo assim, a confiança na continuidade do trabalho segue inabalável.
Jorginho e Zinho não possuem contrato com o Vasco. O vínculo com o clube se dá por CLT. Mas quem já trabalhou com Eurico sabe que as palavras valem mais do que documentos.
E se alguns ficaram um pouco pessimistas com o posicionamento do comandante em relação ao Cruzeiro, o mesmo também mostrou um outro lado, dando indícios de que está com a cabeça no futuro dentro de São Januário.
“Acham que vamos ganhar a Série B com os pés nas costas e não é verdade. Não vamos nos iludir de jeito nenhum. O campeonato é longo, cansativo, você vai de Norte a Sul, e precisaremos de reforços pontuais. Vamos decidir isso nas próximas semanas. Precisamos trazer alguns reforços”, disse.
Na mesma coletiva, tal futuro foi novamente levantado pela imprensa, e Jorginho não se furtou em interromper:
“Se for para perguntar sobre aquilo, já adianto que não falarei mais”.
Porém, quando questionado sobre o trabalho que vem desenvolvendo com os jovens e a filosofia de trabalho que tem implementado no clube, utilizou-se de humildade, mas demonstrou orgulho.
“Não é a cara do Jorginho. É a cara do Vasco. Estamos desenvolvendo um trabalho com um modelo de jogo e que isso fique no Vasco da Gama. Não que todas as categorias tenham que jogar da mesma forma, mas que exista um modelo de jogo. Temos uma interação com a base muito boa e é importante para que o Vasco cresça”, disse.
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