Polícia prende 25 torcedores e fecha sede de organizada do Corinthians
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, comunicou nesta sexta-feira que a polícia efetuou a prisão de 25 torcedores ligados a uniformizadas de Corinthians e Palmeiras. Todos eles se envolveram em brigas ocorridas em 3 de abril e que resultaram na morte de um homem de 53 anos, que passava pela calçada do outro lado da rua e foi atingido por bala perdida.
Das 25 prisões, 18 são prisões preventivas (todos eles da Gaviões da Fiel) e sete temporárias (seis da Mancha Verde e um da Pavilhão Nove). A ação coordenada pela Polícia Civil foi batizada de Operação Cartão Vermelho.
Um dos detidos é Helder Alves Martins, que pertence à Gaviões da Fiel, e que estaria na confusão ocorrida em São Miguel Paulista, Zona Leste de São Paulo. Helder foi acusado de disparar o rojão que atingiu e matou o boliviano Kevin Espada, em duelo do Corinthians em Oruro, na Bolívia, em 2013, pela Libertadores. Na época, Helder era menor de idade e chegou a confessar a autoria.
Além das prisões, a polícia lacrou a sede da uniformizada Pavilhão Nove, do Corinthians, por razões de segurança. Foram achados rojões e bombas na sede da Pavilhão.
A polícia determinou o fechamento temporário da sede da Gaviões da Fiel. Na Gaviões, policiais encontraram facas, canivetes e R$ 60 mil. Dirigentes da Gaviões alegaram que a quantia apreendida seria utilizada para compra de ingressos.
Um dirigente da Mancha Verde foi levado à delegacia por desacato. Ele tentou impedir que policiais chegassem ao segundo andar da sede da torcida uniformizada.
Conversas interceptadas pela polícia
Investigadores tiveram acesso a conversas entre os torcedores violentos. Em algumas mensagens, membros de uniformizadas confessam participação em brigas. No dia 3 de abril, houve três confusões na cidade envolvendo corintianos e palmeirenses.
"Em um dos celulares encontramos conversas de torcedores. Primeiramente eles se preocupam com identificação de câmera, mas depois se vangloriam por ter chutado isso e quebrado aquilo. Ou seja: tem confissão nesse material", destacou Alexandre de Moraes.
A polícia ainda não sabe quem foi o autor do disparo que matou José Sinval de Carvalho.
"Foram ouvidos PMs que trabalham no local. Os familiares vão prestar depoimento, mas infelizmente temos apenas uma testemunha. A investigação está caminhando e vamos com certeza esclarecer", informou a delegada Elisabete Sato, que investiga o caso.
A Operação Cartão Vermelho foi feita em nove cidades, espalhadas pela Baixada Santista, interior e Grande São Paulo.
Foram deferidos 37 mandados de prisão em quatro sedes de torcida (Gaviões, Mancha, Pavilhão Nove e sub-sede da Mancha Verde na Praia Grande).
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