Nesta segunda-feira (21) não houve entrevista coletiva de jogadores no CT da Barra Funda. Desta vez, foi o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva quem conduziu a apresentação do novo diretor de futebol, Luiz Antonio da Cunha, e a despedida do ex-vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro - ambos se pronunciaram. Cunha, que era diretor de base, traz consigo o currículo vitorioso do time sub-20 em 2015. Gil Guerreiro disse que seu maior erro foi ter aceitado o convite de Carlos Miguel Aidar para assumir o futebol em abril de 2014.
"Meu maior erro foi ter aceitado o cargo lá atrás, na hora que aceitei não vi as consequências. O maior acerto é estar modernizando o São Paulo em coisas que não acontecem em curto prazo. Vocês vão ver as partes de scouting, de dados. E na base, vocês vão ver no futuro os jogadores da base que estão subindo e vão ver um intercâmbio cada vez maior entre o profissional e o futebol de base", falou Ataíde, ao se despedir. O agora ex-vice de futebol diz que o vazamento da informação de sua saída antecipou o processo, e que a ideia era se desligar do clube daqui a três jogos. Gil Guerreiro afirmou que tomou a decisão pelas críticas dentro do conselho deliberativo e da torcida, que estavam refletindo no presidente Leco.
Luiz Cunha manifestou apoio ao técnico Edgardo Bauza ao se pronunciar como novo diretor de futebol. Nas últimas semanas a diretoria criticou o elenco por falta de empenho e deu respaldo ao treinador argentino. Cunha seguiu na mesma linha: "Futebol é resultado. Mas a contratação de um profissional leva em consideração o tempo de maturação que o profissional precisa para responder às expectativas. E o Bauza está nesse tempo. A contratação foi muito bem feita e ele terá de mim todo o apoio", falou.
"Sou uma pessoa muito simples, de uma família humilde e que tem como característica amar o São Paulo e ter paixão pelo futebol. Atendo o chamado de um amigo e do São Paulo", apresentou-se o diretor. "Tenho por característica ser um liberal. Acho que todos devem dizer aquilo que pensem e sentem. Mas antes de se dizer algo publicamente deve-se falar internamente", disse.
O presidente Leco afirmou que Ataíde Gil Guerreiro, a quem define como amigo, foi vítima de críticas injustas. "Em razão de sua performance e atitude nem sempre bem compreendida foi vítima de diversas injustiças e comentários que não correspondem a sua conduta como dirigente do São Paulo e figura humana que aprecio, de tal forma que nos aconselhou e eu tive uma conversa a respeito, no sentido de que ele deixasse o futebol mas não deixasse o São Paulo", falou.
Leco indicou que o elenco sofrerá mudanças até o meio do ano: "É um trabalho que exige serenidade e muito cuidado. Não se faz de uma hora para a outra. O que posso assegurar é que está havendo da nossa parte desde a diretoria específica de futebol até a presidência uma análise muito constante e precisa. Isso inclui toda a estrutura de futebol, tudo coordenado muito bem pelo Gustavo. Faz parte do planejamento até o meio do ano que é quando abre a janela europeia", disse.
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