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Candidato no SP, Aidar celebra apoio de Leco por 'tranquilidade interna'

Carlos Miguel Aidar é o candidato de Juvenal Juvêncio para 2014: agora, conta com apoio de Leco - Karime Xavier/Folhapress
Carlos Miguel Aidar é o candidato de Juvenal Juvêncio para 2014: agora, conta com apoio de Leco Imagem: Karime Xavier/Folhapress

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

23/10/2013 18h34

O vice-presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, desistiu da candidatura à presidência do São Paulo, como era esperado há duas semanas. Nesta terça-feira, ele manifestou a seus aliados em reunião do Participação – principal partido situacionista – que retirou a candidatura e apoiará Carlos Miguel Aidar, candidato escolhido pelo presidente Juvenal Juvêncio para a sucessão. Para Aidar, o recuo de Leco traz tranquilidade.

“Leco é um grande companheiro, aderiu incondicionalmente, fez um belíssimo discurso para o partido. Nós já estávamos contando com o grupo inteiro sem o Leco. Ele veio e aderiu, entendeu que eu tinha de ser o candidato. É reforço? É, porque trouxe tranquilidade interna”, avalia Carlos Miguel Aidar.

Carlos Miguel Aidar foi o escolhido por Juvenal Juvêncio enquanto Leco esperava o apoio do presidente, a quem apoio desde 2006, após o fim do mandato de Marcelo Portugal Gouvêa. Leco esperava ser o candidato da situação ainda em 2011, antes de Juvenal tentar a segunda reeleição após aprovar nova interpretação do estatuto do clube. Agora, em 2013, tinha mais confiança de que seria o escolhido para a sucessão.

Atual vice-presidente e ex-vice de futebol, Leco não recebeu de Aidar garantias de que permanecerá com cargo influente na diretoria caso o candidato situacionista seja eleito. Pelo menos é o que afirma Aidar, que diz que não houve negociação para alinhar o apoio.

“Já tinha conversado com o Leco. Almocei com ele na segunda-feira da semana passada. Não há condição [oferecida]. Não houve negociação, nada. Se vou aproveitá-lo ou não, é uma conversa que o quadro para frente vai apontar. Mas ele é uma pessoa importante, sim”, acrescentou Aidar.

Leco ficou aborrecido com a escolha de Juvenal Juvêncio por Aidar. Após a nomeação do presidente, manteve que levaria sua candidatura isolada até abril de 2014, data da eleição no São Paulo. No entanto, recuou após pedido de seu partido, do próprio Juvenal e de conversa com Aidar.

Do outro lado, na oposição, o ex-diretor jurídico Kalil Rocha Abdalla reúne conselheiros vitalícios para se candidatar. Ele tem o apoio do ex-superintendente Marco Aurélio Cunha, que atuou na gestão de Juvenal até o fim de 2010. Em evento no último dia 15, os oposicionistas reuniram 63 conselheiros vitalícios segundo organizadores. Quem observa a eleição de fora do conselho deliberativo são-paulino avalia a disputa como equilibrada neste momento, apesar de os dois lados dizerem que vencerão nas urnas com facilidade.

Aidar, com o apoio de Leco, voltou a criticar Marco Aurélio Cunha por ter iniciado a campanha eleitoral – antes como candidato à presidência – no primeiro semestre deste ano. “Nunca tivemos na história do São Paulo uma disputa de tamanha intensidade. Esse foi um grande mal que o Marco Aurélio causou ao São Paulo. Processo que costuma se inserir apenas em dois ou três meses antes da eleição”, afirmou Aidar, que diz que a campanha antecipada se voltará contra os oposicionistas. “Marco Aurélio será no fundo o responsável pela nossa eleição”, concluiu.