Cruzeiro esclarece 'mistério' sobre troféu de título que foi reconhecido
A diretoria do Cruzeiro, que considerava desaparecido o troféu da sua primeira conquista nacional, que foi a Taça Brasil de 1966, conseguiu elucidar o mistério. Por meio de levantamento do seu Departamento de História e Pesquisa, o clube mineiro descobriu que a taça era de posse transitória, o que significa que o troféu só ficou em poder do Cruzeiro por um ano.
De acordo com a diretoria do Cruzeiro, por meio de nota em seu site oficial, a antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD), entidade que organizava o futebol brasileiro à época, não confeccionou um troféu para cada edição da Taça Brasil. Ele só ficava definitivamente com o clube que conquistava três títulos consecutivos ou cinco alternados.
Essa competição foi disputada durante 10 anos e apenas duas taças foram confeccionadas. Uma delas está com o Santos, campeão cinco vezes – em 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965. O segundo troféu, que tem um desenho diferente do primeiro, se encontra na sede do Botafogo, último vencedor em 1968, de acordo com informação do Cruzeiro.
“Já há algum tempo, a gente vinha trabalhando e levantando informações sobre a taça de 66. O Cruzeiro tem um departamento de pesquisa e história, onde ficam armazenados todos os documentos do Clube. E, em uma de nossas várias pesquisas, descobrimos documentos da CBD e da FMF que informavam que a posse da taça era transitória e só seria definitiva para a equipe que conquistasse três títulos seguidos ou cinco alternados”, explicou o diretor de marketing do Cruzeiro, Marcone Barbosa.
Nesta semana, a partir da divulgação da unificação dos títulos brasileiros anteriores a 1971, medida que torna o Cruzeiro duas vezes campeão brasileiro, que foi campeão também em 2003, foi revelada pela atual diretoria que a taça estava desaparecida.
“Há muitos anos não sabemos onde está a taça. Isso é de cerca de 15 anos para cá. Desde que o presidente Zezé Perrella chegou ao Cruzeiro, essa taça já não estava mais no clube”, afirmou, na última terça-feira, ao UOL Esporte, o gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa.
De acordo com a pesquisa feita pelo Cruzeiro, no artigo 1º do documento encontrado, a CBD informou que a Taça Brasil é “disputada, anualmente, pelas associações campeãs das federações que dirigem o futebol profissional e sua posse só será definitiva quando alcance um clube três vitórias consecutivas ou cinco alternadas”.
A diretoria celeste deverá confeccionar uma réplica da taça, que deverá estar no clube no início do mês de fevereiro do próximo ano, como símbolo de uma de suas maiores glórias. O Cruzeiro deverá ainda homenagear os campeões da Taça Brasil de 1966.
“Quando a réplica da taça estiver pronta, o presidente Zezé Perrella irá fazer uma solenidade com os atletas que foram campeões brasileiros naquela época. O presidente já fez uma homenagem aos campeões de 66, juntamente com os campeões da Libertadores de 76, mas sem o troféu”, comentou o gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa.
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