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Após escolha natural por Tite, seleção não tem unanimidade para sucessão

Tite durante a partida entre Brasil e Croácia, pelas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar - Nelson Almeida/AFP
Tite durante a partida entre Brasil e Croácia, pelas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar Imagem: Nelson Almeida/AFP
Gabriel Carneiro, Igor Siqueira, Danilo Lavieri e Pedro Lopes

Do UOL, em Doha (Qatar)

11/12/2022 04h00

Classificação e Jogos

Quando Tite foi escolhido o novo técnico da seleção brasileira, em junho de 2016, seu nome era praticamente uma unanimidade. Tanto que o processo foi feito praticamente sem nenhum tipo de contestação, com a própria CBF (Confederação Brasileira de Futebol) tratando tudo de forma rápida e sem grandes discussões. Hoje, o cenário é outro.

A falta de uma unanimidade traz o debate que é sempre tratado com muita polêmica na seleção brasileira: a escolha de um técnico estrangeiro. Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, já deixou claro que vai escolher o novo técnico sozinho. Essa novela só deve ter capítulos decisivos para o ano que vem.

O dirigente embarcou neste sábado (10) para o Rio de Janeiro, ao lado da delegação da seleção brasileira, e vai começar a seleção mais para frente. É provável que a decisão só seja anunciada em janeiro, até pelo fato de o Brasil só voltar a jogar em março, na primeira data Fifa após a Copa do Mundo.

No cenário nacional, Ednaldo teria Dorival Júnior como uma das opções, mas a saída do Flamengo coloca um ponta de interrogação em seu nome. Campeão da Libertadores e da Copa do Brasil, ele não teve o contrato renovado e deixou a Gávea contestado pelo modo como conduziu a reta final da temporada.

Além dele, outros nomes citados desde fevereiro, quando Tite anunciou que deixaria a seleção após a Copa, foram Cuca, Renato Gaúcho e Fernando Diniz. O primeiro fez péssimo trabalho no Atlético-MG e ainda bate de frente com a imagem de "nova CBF", por conta de problemas no passado com a acusação de estupro. O segundo teve de aceitar um retorno à Série B para sair do desemprego.

Já Fernando Diniz tem um trabalho muito elogiado à frente do Fluminense, mas sofre com o fato de nunca ter sido campeão de um torneio de expressão. Em um cenário onde não quer apostar, Ednaldo enfrentaria contestação da torcida caso decidisse apostar nele. O mesmo pode ser dito sobre Mano Menezes, que foi bem com o Inter, mas já tem uma passagem sem brilho pela seleção.

Pep Guardiola, técnico do Manchester City, na partida contra o Copenhagen, pela Champions - James Gill - Danehouse/Getty Images - James Gill - Danehouse/Getty Images
Pep Guardiola, técnico do Manchester City
Imagem: James Gill - Danehouse/Getty Images

Entre os estrangeiros, o nome mais falado é o de Guardiola. O treinador, entretanto, renovou recentemente com o Manchester City até 2025 e tem salário muito maior do que a CBF normalmente paga para o cargo. Entre os que trabalham por aqui, Abel Ferreira surge como opção pelos títulos conquistados no Palmeiras, mas o próprio português já disse que não sabe se aceitaria o cargo e há uma dúvida se seu estilo em clubes seguiria vencedor em uma seleção. Seu compatriota, Jorge Jesus, adota postura oposta: já deixou claro que quer a seleção brasileira.

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