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Questionado por não enfrentar europeus, Brasil atropela na 1ª fase da Copa

Casemiro comemora gol Antony seu gol pelo Brasil contra a Suíça, pela Copa do Mundo - Fabrice COFFRINI / AFP
Casemiro comemora gol Antony seu gol pelo Brasil contra a Suíça, pela Copa do Mundo Imagem: Fabrice COFFRINI / AFP
Gabriel Carneiro, Igor Siqueira, Danilo Lavieri e Pedro Lopes

Do UOL, Doha

29/11/2022 04h00

Classificação e Jogos

Até chegar à Copa do Mundo 2022, a seleção brasileira tinha passado os quatro anos anteriores enfrentando europeus apenas uma vez: um longínquo amistoso diante da República Tcheca, em 2019. As dúvidas sobre como seriam os enfrentamentos contra equipes do Velho Continente pairavam até mesmo na cabeça da comissão técnica. Mas o fato é que o Brasil atropelou.

Depois de dois jogos no Qatar, duas vitórias sobre Sérvia e Suíça. Não foram placares elásticos (2 a 0 e 1 a 0, respectivamente), mas o Brasil mostrou uma segurança que saltou aos olhos. Um exemplo disso é que a seleção brasileira não permitiu aos adversários um chute a gol sequer. Todas as tentativas mais próximas de uma finalização foram bloqueadas.

"A imprensa sempre fala muito desse aspecto. A gente se preparou muito com as eliminatórias na América do Sul. Estão bem nivelados os jogos da América do Sul, Europa e África", avaliou o lateral-esquerdo Alex Sandro, titular do Brasil nas duas partidas.

Por mais que Sérvia e Suíça não sejam campeãs do mundo e nem tenham chegado longe em Copas do Mundo recentes, ambas as seleções chegaram ao Qatar credenciadas por classificações diretas nas Eliminatórias. Os sérvios desbancaram Portugal no grupo, enquanto coube à Suíça mandar a Itália para a repescagem — a Azzurra não saiu de lá, inclusive, e nem à Copa veio.

A preparação da comissão técnica da seleção para os jogos na primeira fase envolveu o envio de espiões brasileiros durante as datas Fifa na Europa neste ano. Isso envolveu os observadores Ricardo Gomes, Marcinho, Lucas Oliveira e Gabriel Oliveira.

Em termos de enfrentamento no cotidiano, os jogadores da seleção já estão acostumados com os europeus, pois 22 dos 26 convocados atuam no Velho Continente — Daniel Alves, Pedro, Éverton Ribeiro e Weverton são exceção.

"Pessoal sempre fala de seleções europeias, seleções que enfrentamos também são muito difíceis. Na Copa do Mundo, com uma grandeza dessa, os jogos ficam ainda mais difíceis. Mas o Brasil é isso, é muito grande, não é à toa que tem cinco estrelas no peito e quando a gente entra, independente de qualquer seleção, sempre vamos mostrar nossa grandeza", completou o meia-atacante Antony.

Nesta Copa do Mundo, a tendência pelos resultados e a projeção de chaveamento nas oitavas é que a seleção volte a enfrentar uma equipe europeia nas quartas de final. A grande possibilidade é que seja a Espanha, salvo alguma zebra.

Mas antes, o Brasil ainda tem o jogo contra Camarões pela primeira fase, na sexta-feira (2). Nas oitavas, o adversário sairá provavelmente de quem se der melhor entre Gana e Uruguai.


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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi publicado no texto, 22 dos 26 convocados por Tite para a Copa do Mundo jogam na Europa, e não 23. O erro foi corrigido.