Fios sintéticos e sistema a ar estão no gramado de seis estádios da Copa
A final da Copa do Mundo na Rússia será a primeira da história a ser disputada em um gramado que não é 100% natural. O estádio Luzhniki, em Moscou, e outros cinco palcos escolhidos pela Fifa contam com uma tecnologia que mistura 95% de grama natural com fios sintéticos, compondo o que a empresa responsável chama de “grama reforçada”.
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No futebol, esse gramado híbrido começou a ser usado por clubes ingleses e há dois anos foi instalado no Camp Nou, do Barcelona. Antes de aplicá-lo em seu estádio, o clube catalão testou a tecnologia por mais de um ano em seu centro de treinamento.
Agora, é a vez dos estádios da Copa. Além do Luzhniki, palco da abertura, da final e de outras dez partidas, também receberam esse tipo de grama a outra arena de Moscou e os estádios de Kaliningrado, Samara, Saransk e Rostov.
Segundo os responsáveis pela tecnologia, uma máquina especial “costura” os fios sintéticos na grama natural. Antes disso, o nivelamento do solo é feito por laser e uma complexa estrutura de canos é instalada sob a grama. Esse sistema é responsável não só pela drenagem, mas também por regular a quantidade de água e a temperatura do solo.
“O sistema de canos remove o excesso de água e força o movimento de ar no solo, melhorando as condições da superfície. O ar pode ser quente ou frio, dependendo da necessidade climática no momento. Isso melhora as condições de crescimento da grama”, resume Ilyas Kobal, diretor da empresa na Europa.
A seleção brasileira testará essa grama em território russo logo em sua estreia na Copa. A equipe de Tite joga em Rostov contra a Suíça, às 15h (de Brasília) do dia 17 de junho. Depois de pegar a Costa Rica em São Petersburgo no dia 22, a seleção volta a um estádio com tal tecnologia na terceira rodada, quando encara a Sérvia na Otkrytiye Arena, em Moscou, às 15h (de Brasília) do dia 27 de junho.
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