Rodrigo Mattos

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ReportagemEsporte

Conselho do Flamengo aprova contrato com a Globo para Brasileiro 2025

O Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou o contrato com a Globo e a Libra para venda dos direitos do Brasileiro de 2025 a 2029. A estimativa do clube é de uma receita anual de R$ 210 milhões. Isso representa uma queda em torno de R$ 80 milhões em relação ao acordo atual.

A reunião teve presença maciça de conselheiros, o que demonstra o interesse pelo tema. Tanto situação quanto oposição estavam mobilizados. No final, o acordo foi aprovado por uma boa margem apesar das críticas: 218 a 148 votos. Foi uma vitória para o presidente, Rodolfo Landim, que esteve empenhado na aprovação deste contrato.

O vice-presidente de marketing, Gustavo de Oliveira, apresentou dados do contrato. Ele disse que a Lei do Mandante impactou negativamente no valor total do contrato porque antes o clube tinha 38 partidas para vender e agora, 19. O dirigente chegou a mostrar números de valor por jogo para provar a vantagem do atual contrato.

Mas foi exatamente a atual diretoria rubro-negra que fez lobby pela aprovação da Lei do Mandante durante o governo de Jair Bolsonaro.

Oliveira disse que não poderia haver comparação entre os dois contratos porque tinha acabado o mínimo garantido no pay-per-view obtido pelo Flamengo no contrato atual.

Na sequência, o CEO da Libra, Silvio Mattos, apresentou o processo de negociação do contrato. E, depois, dirigentes da situação ressaltaram que, para os outros clubes, sobrariam R$ 700 milhões, o que limitava os ganhos do Flamengo. Não foi apresentada uma estimativa exata do valor a ser ganho pelo Flamengo.

O presidente do Conselho de Administração, Luiz Eduardo Baptista, discurso no sentido de que não deveria ser votado com esse açodamento um acordo tão importante. Mas não se manifestou claramente pela reprovação do acordo. Fez um discurso moderado sem repetir as críticas feitas ao próprio presidente, Rodolfo Landim, sobre o contrato em comissão do clube.

Depois disso, o conselheiro Benny Kessel criticou o fato de o Flamengo ter aberto mão de valores sem ficar claro em troca de que. E lembrou que o contrato tem um limitador de reajuste de 5% independente da inflação - o contrato atual tem reajuste pelo IPCA e IGPM. Outros conselheiros também fizeram protestos similares inclusive apontando fragilidades no contrato.

Pelos termos do acordo, o dinheiro de TV Aberta e TV Fechada - um total de R$ 1,3 bilhão - será distribuído com o critério de 40% igualitário, 30% performance e 30% audiência. Neste caso, a audiência é medida de forma absoluta.

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Além disso, o bolo do pay-per-view será dividido com 45% igual, 30% por performance e 25% cadastro de torcedores. O Flamengo deixa de ter o mínimo garantido no ppv, que era o que dava vantagem ao clube na receita de TV.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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