Rodrigo Mattos

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Fluminense repete roteiros da Libertadores para chegar à final do Mundial

Era previsível que o confronto entre o Fluminense e Al Ahly seria duro, equilibrado. Foi assim quando as equipes brasileiras pegaram o maior campeão africano. O time carioca contou com um roteiro parecido com as semifinais da Libertadores, diante do Inter, para superar o rival e garantir vaga na final do Mundial.

De início, era uma partida com domínio do Al Ahly. Embora não tivesse tanto a bola, o time egípcio levava vantagem na marcação no meio de campo e negava espaços ao toque de bola da equipe carioca.

O Fluminense errava demais os passes e permita roubadas do rival. O Al Ahly saia em seu contra-ataque em velocidade. Por diversas oportunidades, se viram no 1x1 diante dos defensores tricolores, especialmente nos espaços deixado nas costas de Marcelo, que avançava para jogar no meio.

Por sorte para o tricolor, os atacantes Elshahat e Percy Tau cometeram muitos erros técnicos quando tiveram vantagem. Erram tantas decisões quanto movimentos técnicos. Por isso, o primeiro tempo acabou zerarado mesmo com 11 conclusões do Al Ahly contra 3 do Fluminense, duas delas em bolas na trave de Arias.

Após o intervalo, o time carioca melhorou. Passou a trocar mais passes e a envolver o meio-campo e a defesa egípcia, chegou a ter quase 70% de posse de bola. Era o jogo de aproximação, de viradas de jogo de trocas de posição que começava a encaixar como não ocorrera nos 45min. A

Os contra-ataques continuavam a ser perigosos. Mas o Elshahat vivia uma partida ruim, e Fábio uma noite no seu nível habitual (alto). Assim como ocorrera nas semifinais da Libertadores, o Fluminense tinha também a sorte de pegar o atacante rival em atuação ruim.

Era um roteiro parecido com o de gols perdidos de Enner Valencia pelo Internacional no jogo no Beira-Rio, nas semifinais da Libertadores. Por três vezes, o equatoriano perdeu na frente do gol no Beira-Rio, e a equipe colorada também no 1o jogo.

Mas de nada adiantaria se não houvesse o talento. Um belo passe de virada de Ganso encontrou Marcelo na ponta esquerda. O domínio e o drible são belos. Após a bola passar entre suas pernas, Tau derruba o lateral na área. Arias abre o placar.

O Al Ahly foi obrigado a sair mais, a atacar o Fluminense. E aí abriu-se o espaço para os contra-taques e para John Kennedy, que entrara no segundo tempo. O autor do gol decisivo na final da Libertadores - de um dos gols nas semi - fez o gol que selou a vaga tricolor.

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Se foi dominado no 1o tempo, o Fluminense teve ampla vantagem no segundo tempo. Botou o Al Ahly na roda e sobrou. Nesta etapa, teve 10 conclusões a gol contra sete do Al Ahly, com a diferença de que aproveita com melhor técnica suas finalizações. Agora, resta esperar por City ou Urawa Reds.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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