Derrocada do Botafogo mistura crueldade com elementos bizarros
Quanto estava invicto no Nilton Santos, só com vitórias acumuladas, o Botafogo perdeu seu primeiro jogo para o rival Flamengo. Ao final da partida, seu recém-contratado técnico Bruno Lage colocou o cargo à disposição em uma cena teatral.
O time ainda era líder, com folgas, mas esse era só um da série de acontecimentos bizarros que iriam atormentar o time alvinegro.
Diante do Athletico-PR, o time vencia a partida, parecia ensaiar uma recuperação? O time paranaense empatou e faltou luz no estádio. Até hoje não se sabe a causa exata, que parece ser falha do próprio clube, mas o time teve de jogar sem torcida e o jogo terminou empatado.
Contra o Palmeiras, o garoto Endrick achou que a torcida botafoguense era soberba ao gritar campeão - o grito era direcionado a um remador do clube vencedor no Pan. O Botafogo abriu 3x0, teve um expulso, perdeu um pênalti e tomou a virada no final do jogo.
Luiz Suárez não jogaria contra o Botafogo porque se recusa a atuar em campo sintético. Por conta de um show de uma banda adolescente, a partida teve de ser jogada em São Januário. O time alvinegro chegou a abrir 3x1, Suárez fez três gols e virou a partida.
O time tomou empates nos finais dos jogos contra o Red Bull, Santos e, enfim, Coritiba.
No Couto Pereira vazio, o Botafogo conseguiu um pênalti já nos acréscimos, Tiquinho Soares bateu e fez. Ao lado do campo, Adryelson estava de costas e de joelho. O árbitro prolongou um pouco mais a partida e foi o tempo de Edu empatar? no setor de Adryelson.
Certamente há explicações táticas e técnicas para a queda do time alvinegro no Brasileiro. Seu primeiro turno - o melhor da história dos pontos corridos - estava acima do desempenho do time. Seu segundo turno - cuja pontuação é de rebaixado - está abaixo do que a equipe jogou nesta metade do campeonato. Há fatores psicológicos, táticos e técnicos para explicar a discrepância.
Mas essa sequência de fatos inusitados não se explica só na lógica. O roteiro que se desenhou para o Botafogo é de uma crueldade inédita no Brasileiro tal a quantidade de fatos improváveis.
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