Racismo é estopim de brigas entre argentinos e brasileiros na Libertadores
O racismo tem provocado uma série de brigas e conflitos em jogos da Libertadores e da Sul-Americana. Esse acirramento do clima ocorre principalmente entre torcedores argentinos e brasileiros. É preciso que a Conmebol faça algo a respeito pelo risco de fatos mais graves.
Não é de hoje que há manifestações racistas nas competições sul-americanas. Mas surgiu uma reação no Brasil com prisão de torcedores e um endurecimento da legislação disciplinar Conmebol em termos de multas - não houve fechamento de estádios.
Isso não reduziu os casos de racismo. Pelo contrário, virou praticamente uma moda entre os argentinos fazer o gesto com os braços imitando macaco, seja em jogos no seu país ou no Brasil. As penas seguem limitadas a multas.
Como reação, os torcedores brasileiros passaram a rasgar notas de Peso, em deboche pela crise econômica da Argentina. O governo do país promete agora prender quem fizer o gesto ofensivo a moeda nacional.
Neste cenário, aumentou o número de conflitos entre torcidas brasileiras e estrangeiras, principalmente argentinas. Na rodada do rio de semana, torcedores do Argentinos Juniors e do Fluminense brigaram na praia de Copacabana antes do jogo. Durante a partida, um conflito entre argentinos e PMs teve dois tiros de balas de borracha.
Ambos os casos têm acusações de que houve manifestações racistas antes ou durante a confusão.
Na Argentina, a torcida do Newell's Old Boys tentou invadir o setor onde estava a torcida do Corinthians. Foram contidos pela organizada alvinegra. A troca de setor dos argentinos quase provocou uma tragédia.
Não há nenhum sinal de que essa escalada vá ser contida espontaneamente. A tendência é piorar.
É hora, portanto, da Conmebol tomar alguma medida, seja com punições mais duras, seja com movimentos com os governos para tentar amenizar o quadro. A violência pode gerar casos mais graves. E, além disso, gera danos para a imagem da Libertadores e Sul-Americana.
Será que a entidade vai conseguir a sonhada expansão das competições para outros continentes se os torneios forem marcados por violência e racismo?
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