Brasil deu show e Coreia assistiu, com gosto e sem disputa

A cada grande jogada, a tela da televisão mostrava a frase "Brasil Global Tour". Sim, era isto: uma excursão do pentacampeão mundial por terras asiáticas. Como se fosse um time da NBA excursionando no Brasil. Ou no Paraguai?

A cada gol, a câmara mostrava a torcida coreana aplaudindo e comemorando. Como se fosse um teatro. A cada substituição, muitos aplausos para quem entrava e quem saia.

A reverência aos artistas se via em campo também. Os coreanos fizeram apenas seis faltas no jogo. Seis. O Brasil fez nove. Houve apenas um cartão amarelo. Não estavam ali para atrapalhar.

E até colaboraram, como no quarto gol, um lindo passe do zagueiro para Coutinho. Como no quinto gol, quando todos os zagueiros abriram uma passarela para Gabriel Jesus marcar e pavimentar seu caminho para a Copa.

Muito diferente do que se viu ontem no atropelamento da Argentina sobre a Itália.

Mas, o Brasil não tem nada com isso, embora fosse muito melhor lutar contra um adversário mais duro.

Ficou claro que o Brasil está bem, apesar de Thiago Silva ser enganado facilmente no gol coreano.

O Brasil é candidato ao título. O trabalho de Tite é longo e os frutos aparecem. O time é consistente, os jogadores se conhecem e estão entrosados e houve agora o surgimento de jogadores como Anthony e Raphinha, a confirmação de Vinícius Júnior e, digamos, o ressurgimento de Gabriel Jesus e Coutinho.

O caminho está pavimentado. E a Coreia, não foi uma pedra no meio dele. Nem um pedregulho.