Contratações não farão São Paulo "cruzeirar"

O fantasma do Cruzeiro paira sobre os clubes brasileiros. Nem deveria pairar - a comparação é errada - pois a ameaça é concreta. Perigosa.

Todos se lembram? Contratações e mais contratações, calotes e mais calotes, gestões temerárias, para ser bem educado e a tempestade perfeita chegou. O Rei de Copas está na segunda divisão e sua volta é uma possibilidade. Nada mais.

O São Paulo tem uma dívida de R$ 600 milhões, está sem patrocinador, deve para jogadores como Daniel Alves. E contratou seis jogadores. Vai cruzeirar?

Se depender das contratações, não.

Chegaram Orejuela, Benítez, Miranda, Bruno Rodrigues, William e Eder. O custo total foi próximo de 14 milhões, abaixo dos R$ 25 milhões previstos no orçamento. E dos R$ 12 milhões gastos com Orejuela, metade está programada para o orçamento do próximo ano.

Então, o orçamento está sendo cumprido. Há ainda algo para ser gasto até dezembro.

Ah, o orçamento está mal feito, é irreal...Bem, não tenho como saber. O importante é que está sendo cumprido. O São Paulo não avançou seus limites para contratar Kanu ou Gabriel Neves.

E a folha salarial? Júlio Casares prometeu redução de 10% e, com as novas contratações, está inflada.

É preocupante, mas não muito. Precisará ser equacionada. Jogadores devem sair, mas o principal ajuste deve vir após uma negociação com Hernanes.

Há um outro ponto importante. As premiações dos campeonatos disputados é importante. Então, ter um time mais forte é importante. A diferença entre chegar às quartas da Libertadores e cair fora na primeira fase paga contratações.

O perigo de "cruzeirar" existe, sim. Mas está ligado ao aumento da dìvida. Ela precisa ser enfrentada duramente.

As contratações não me parecem algo assustador, que aumente o caos.