Campeonato precisa parar. O Brasil também
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A única coisa positiva no Brasileirão é o Covid-19.
Os testes - que deveriam ser feitos em maior quantidade - mostram um número de infectados proporcionalmente maior do que no Brasil.
Não há lógica. Gil participou da final do Paulista no domingo e na terça-feira testou positivo. O que aconteceu na segunda-feira? Como ele se infectou? Ou foi durante o jogo? Ou já estava infectado no domingo? Se estava, infectou algum outro jogador?
Não há certeza de nada. Houve problemas nos testes do Bragantino e Goiás realizados por um dos mais importantes hospitais do Brasil.
Não há coerência. O CSA, da Série B, tinha oito infectados e foi obrigado a jogar contra o Guarani. O Goiás tinha dez infectados e foi liberado de jogar contra o São Paulo.
E agora os oito do CSA são 18. E seu jogo foi adiado. E o Goiás vai jogar.
Quando teremos WO?
E a logística? Guarani x Cruzeiro jogaram em Campinas com arbitragem do Amazonas. Que vôo foi esse? Quantas horas? Usaram máscaras? Os outros passageiros usaram?
A Liga dos Campeões modificou seu formato. Sede única e menos jogos. A NBA também tem sede única. Exemplos que não foram seguidos.
Tem de parar o campeonato. Por 15 dias no mínimo. Fazer testes diários. Tomar precauções, diminuir deslocamentos, nova fórmula?
O futebol está repetindo o que foi feito no combate à pandemia no país. Nada. Deixa rolar. Vamos ver o que vai dar.
Vai dar morte.
Se o Brasil tivesse parado como fizeram países de Primeiro Mundo ou outros como Paraguai e Cuba, não haveria tantas mortes e as atividades econômicas teriam sido retomadas com segurança. O futebol também.
Mas quando ganância, insensibilidade, burrice e fanatismo dão as mãos, como os quatro cavaleiros do Apocalipse, temos a tempestade perfeita. É o que vivemos agora.
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