Hoje tem Garrincha, o Anjo das Pernas Tortas. Vejam e sejam felizes
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Livre pensar, é só pensar.
E eu, nos meus devaneios, sei como nasceu o futebol. O meu futebol. O futebol que eu amo.
Foi em São Paulo. Charles Miller e seus amigos de coxa branca estavam maltratando a bola. Então, um deles deu uma bicuda. A bola subiu muito e caiu como um meteoro. Veio pesando muitos quilos para fora do campo.
Um garoto descalço viu. E quantos muitos corriam assustados, ele inflou o peito e...matou no peito. Um amiguinho pediu e ele tocou. Ela retribuiu os bons tratos e, feliz da vida, saiu por aí, bem acompanhada.
E nasceu o futebol.
Pode ter sido no Rio, com Oscar Cox.
Pode ter sido em Buenos Aires, com os irmãos Hogg.
O certo é que o esporte que amamos cresceu nas várzeas, nas favelas, nos potreros. Uma bola, quatro chinelos e alguns dedões estourados.
E esse futebol idealizado por mim, tem a cara de Garrincha. E de Maradona. Um aleijado e um anão. Que esporte mais poderiam praticar?
E Garrincha estará na televisão hoje, a partir das 19 horas. Direto do túnel do tempo. Direto do meu amor pelo futebol.
Dez de junho de 1962. Já não há Pelé, contundido. O rival é a Inglaterra, com Bobby Moore e Bobby Charlton, que seriam campeões do mundo quatro anos depois.
Garrincha fez um de cabeça. Eles empataram. No segundo tempo, falta para o Brasil. Didi prepara uma folha seca. Garrincha de antecipa e bate forte. O goleiro rebate e Vavá faz, de cabeça. E depois, Garrincha recebe um passe e de pé direito, faz o terceiro.
Três dias depois, faria um de cabeça e outro, de canhota nos 4 x 2 contra o Chile. Foi expulso. E, vergonhosamente, graças às tramóias do futebol, jogou a final contra a Tchecoslováquia.
A maior participação de um brasileiro em Copas do Mundo.
Garrincha, a quem negam seu valor na história.
Aos que dizem que não jogaria hoje, eu só digo o seguinte: Douglas Costa joga, Ribery jogava, Robben jogava, Keno voltou, Michael joga e o Ajax contratou Antony.
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