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Menon

Zidane, Ceni, Alex... lembranças eternas

20/03/2020 19h21

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Amigos, viajem comigo...

Qual a lembrança mais antiga que vocês tem de vocês mesmos?

Fecho os olhos e me vejo em 1958, todo pimpão, na sala da casa do meu avô materno, em Casa Branca, sendo "exibido" por meu pai.

O velho João Bacci, pai da minha mãe, exultava quando eu dizia, sem pestanejar a frase com cinco sujeitos e nenhum verbo: Maurinho, Amauri, Gino, Zizinho e Canhoteiro. O ataque do São Paulo, campeão paulista do ano anterior.

Embora nunca tivesse habilidade superior a zero, sempre fui apaixonado por esportes. Não só futebol. Meus ídolos são Adhemar Ferreira da Silva e Eder Jofre.

É uma falta enorme de futebol e basquete me acometendo na última semana. Como se fosse um viciado em recuperação. Sem salvação.

O jeito é curtir umas lembranças.

Em 1 de julho de 2006, tomei o trem em Berlim e viajei até Frankfurt. A Argentina, que eu cobria, havia sido eliminada pela Alemanha e corri para ver Brasil x França.

O último jogo de Zidane, eu pensei. O Brasil iria vencer, qual a dúvida? E o que vi foi a maior atuação de um jogador. Na minha vida, a maior. Destruiu o Brasil com chapéus. Fez a França jogar e eliminou aquela seleção brasileira de irresponsáveis baladeiros.

As lembranças viajam de chapéu em chapéu. Quantos foram mesmos os de Alex na defesa do São Paulo, antes de fuzilar Rogério? Foi há 18 anos, 20 de março de 2002?

O mais belo gol que já vi.

Um gol que Ceni não pôde evitar, como evitou em 18 de dezembro de 2005, em Yokohama. A cobrança de falta de Gerrard era impossível de ser defendida. E ele, como um gênio que foi, fez o impossível. A maior defesa que eu vi na vida.

Volta logo, futebol. Seu lindo.