Mauro Cezar Pereira

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Futebol entra em campo no Dia Mundial de Conscientização do Autismo

Você já deve ter visto uma faixa presa à grande de estádio de futebol: "Autistas.." e o complemento, alvinegros, rubro-negros, tricolores etc. A inclusão de pessoas com autismo é concreta, crescente.

Como o barulho da torcida pode causar incômodo a quem tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), salas sensoriais têm sido desenvolvidas. Assim o público assiste aos jogos com maior tranquilidade.

"Cabe aos estádios se adaptarem, com foco na eliminação de barreiras físicas, como degraus, e a criação de rampas de acesso, elevadores e piso tátil, por exemplo, além de salas especiais para pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). Dessa forma, o torcedor com deficiência poderá ter a mesma experiência que os demais", explica Renato Loffi, profissional especializado em tecnologia assistiva para crianças com deficiência.

O primeiro clube brasileiro a ter um espaço inclusivo no estádio foi o Coritiba, no Couto Pereira, em 2022. O Coxa ganhou o prêmio "Melhor Ação Social ou Sustentável" da temporada pela sua Sala de Acomodação Sensorial, com apoio da torcida "Autistas Alviverdes Coritiba".

No estádio do Goiás, o Hailé Pinheiro, um camarote é dedicado exclusivamente para pessoas com TEA. Brinquedos, vídeo game e puffs se espalham pela sala adaptada confortável e tranquila destinada também aos familiares.

"A criação do camarote adaptado foi um grande avanço do clube, que também vem trabalhando em outras frentes para dar voz à questão do autismo e TDAH", resume o CEO do clube esmeraldino, Luciano Paciello.

O Cuiabá também implementou medidas inclusivas destinada a crianças portadoras de autismo na Arena Pantanal. Já o Fortaleza também disponibiliza abafadores sonoros para os torcedores diagnosticados com o TEA. "Acreditamos que todos têm o direito de viver a paixão pelo Fortaleza, independentemente de suas condições", comenta Marcelo Paz, há espaço que abriga os colorados com o TEA.

Já o Juventude oferece camarotes exclusivos para famílias de quem tem autismo, com fones redutores de ruído e projetos para a comunidade, entre eles a torcida organizada exclusiva para autistas.

"É importante estar atento aos movimentos que acontecem na sociedade. Nosso time está em constante contato com as entidades que atuam em prol dos autistas para que cada vez mais possam tornar as partidas em experiências positivas para eles", explica Fabiano Pizetta, diretor de marketing e ações sociais do time gaúcho.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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