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Mauro Cezar Pereira

REPORTAGEM

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Bem no futebol, mal nas finanças: dívida do Fluminense cresce perigosamente

Mário Bittencourt, presidente do Fluminense - Transmissão/ Fluminense TV
Mário Bittencourt, presidente do Fluminense Imagem: Transmissão/ Fluminense TV

Colunista do UOL

02/05/2023 10h56

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Matéria no site GE com base em informações extraídas do balanço de 2022 revela que a dívida do Fluminense cresceu, "de R$ 740.757.000 para R$ 793.313.000". Isso significa que o clube fechou o ano passado devendo 2,41 vezes o que faturou no período.

Segundo o especialista Cesar Grafietti, o limite desejável é de 1,35 vez, ou seja, se você fatura R$ 100 milhões, seu endividamento não deve passar de R$ 135 milhões. Se o Fluminense alcançou R$ 328.920.000,00 em 2022, o negativo não deveria ir além dos R$ 444.042.009, mas beira R$ 800 milhões!

Isso sem abordar aspectos como dívida de curto prazo, etc. O clube deve cerca de R$ 350 milhões acima do que poderia ser considerado um número "sob controle", segundo os estudos especializados. E mais: tal cifra é superior a tudo que o Fluminense arrecadou no ano passado.

Um cenário ainda preocupante. A matéria não informa sobre Ebitda e dívidas de curto prazo. Visão mais completa desse cenário teremos em alguns meses, após a análise detalhada que a equipe de Grafietti faz anualmente sobre as finanças dos clubes brasileiros.

Haverá quem destaque o superávit do Fluminense em 2022. Contudo, trata-se de um resultado menos relevante, um número frágil (R$ 7,06 milhões). "Não é um resultado operacional, mas fruto de um ajuste contábil", explica Grafietti. Bem no campo, preocupante nas finanças o bicampeão carioca.

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