Endrick não tem nada de bonzinho
Endrick mostrou contra a Espanha que de bonzinho nada tem. E ainda bem.
Com ele, bateu, levou.
O violento lateral corintiano Fagner sentiu na pele o que é bom para tosse no último Dérbi.
Certo de que o intimidaria, entrou maldosamente numa bola dividida e se deu mal.
Dificilmente repetirá a entrada se voltar a se encontrar com o menino palmeirense.
Contra a Espanha não foi diferente.
O lateral Cucurella deu-lhe uma pegada e recebeu de volta outra pior, que até valeu cartão amarelo.
Oito anos mais velho que o brasileiro de 17, o espanhol do Chelsea achou que não teria troco e o troco veio imediatamente.
Se os dois se encontrarem numa Champions da vida, Cucurella também porá as barbas, e os longos cabelos, de molho.
O esporte não foi feito para estimular a covardia.
Tomar a iniciativa da violência é recriminável. Reagir não é.
Ainda inexperiente, Endrick terá de aprender a ser menos explícito, como era o Rei Pelé, outro que nada tinha de bonzinho, só de bonzão.
Porque nunca apanhou sem revidar e protagonizou algumas cenas que deixaram duras marcas em seus perseguidores.
Forte e atarracado como pequeno touro que é, Endrick mostra ao mundo que não nasceu para apanhar feito boi ladrão.
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