Emerson Sheik adota estilo falastrão e cresce na reta final da Libertadores
O Corinthians se destaca pela força do conjunto na campanha rumo ao título da Libertadores. Mas se o time de Tite tem uma estrela pode ser chamada de Emerson Sheik. Com estilo falastrão, provocativo e boas atuações em campo, o atacante cresce na reta final do torneio continental como peça fundamental da equipe.
AS PERÓLAS DE EMERSON SHEIK
Por meio de seu Twitter, o atacante ironizou os torcedores santistas que soltaram rojões em frente ao hotel do Corinthians na véspera do jogo e em pleno dia dos namorados. "O Réveillon chegou mais cedo aqui. Nesse frio, tantas mulheres querendo tomar um bom vinho, tem gente que prefere ser idiota! Voltar a dormir" |
Sheik se soltou em entrevista ao SporTV para elogiar o goleiro Julio Cesar, que perdeu a vaga entre os titulares do Corinthians para Cássio. "O Julio é um lindo. Fica difícil achar palavras para defini-lo. É um cara completamente do bem, com um coração enorme, bom em tudo o que faz. A gente gosta dele, mas precisa ter respeito pelo Cássio, que se dedica nos treinamentos diariamente" |
O jogador também mostrou bom humor ao falar como aproveitaria o fim de semana de folga concedido pelo clube no início do mês. "Não vou poder falar tudo o que vou fazer, se não vou ser mandado embora". |
Sheik já é conhecido por ser pé quente – não é à toa que é tricampeão brasileiro por três times diferentes – e tem feito jus à fama na Libertadores. No empate por 1 a 1 com o Boca Juniors, em La Bombonera, deu o passe na medida para o gol de Romarinho.
Na semifinal teve papel ainda mais decisivo. Marcou um golaço no primeiro tempo na Vila Belmiro e deixou o Timão com boa vantagem no jogo de volta com o triunfo por 1 a 0.
Mas o atacante não tem sido lembrado só pelas assistências e finalizações. O estilo autêntico e o hábito de falar o que pensa gera polêmicas e divide opiniões.
Após o jogo em Buenos Aires, ele não se intimidou diante de um ídolo da torcida e peitou Riquelme que reclamou da postura do árbitro chileno Enrique Ósses.
“Ele (árbitro) errou para os dois lados e não influenciou no resultado. Quem vive de boca e fala muito é cantor. Eu vivo e jogo com meus pés. Riquelme é um craque, mas precisa jogar. Deixa o cara apitar”, disse.
A postura foi a mesma em campo. Desde o início do jogo sofreu com as provocações dos adversários que já conheciam seu ‘pavio curto’. Deu o troco na mesma moeda ao discutir com Erviti.
E ainda se deu bem. Conseguiu amarelar Riquelme e Roncaglia que seria expulso não fosse a benevolência do árbitro que preferiu poupá-lo e amarelar seu colega.
"Sou de Nova Iguaçu, carioca e favelado. Com todo respeito ao Boca, ao estádio, eu não tenho medo de ninguém. Quem me conhece sabe bem disso. Eu tenho que jogar todos os jogos como se fosse o último", disse.
E não é a primeira vez que ele mostra seu estilo rebelde. Contra o Santos, fez falta dura em Adriano e em Neymar na sequência. Acabou expulso na Vila Belmiro e ficou fora do segundo jogo da semifinal no Pacaembu.
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