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Ex-técnico do Coritiba isenta diretoria e fala em pressão das redes sociais

Sandro Forner falou pela primeira vez sobre a demissão no Coxa - Reprodução/YouTube
Sandro Forner falou pela primeira vez sobre a demissão no Coxa Imagem: Reprodução/YouTube

Do UOL, em São Paulo

23/04/2018 11h57

O ex-técnico do Coritiba Sandro Forner falou publicamente sobre a demissão dele do cargo após a derrota para o Sampaio Corrêa na estreia da Série B. Em entrevista à TV Bandeirantes de Curitiba, Forner atribuiu a demissão à “pressão das redes sociais”, mas isentou o presidente do Coxa, Samir Namur, de ter rompido com a ideia de segurá-lo no cargo após experiências no Campeonato Paranaense, em que o Coritiba foi vice-campeão.

“Faz parte do futebol. O treinador sempre tem essa condição de que, quando acontece alguma coisa que teoricamente não dá certo, o treinador sai. A gente tinha um projeto com o presidente de testar jogadores, colocar jogadores jovens, muitas vezes pensando mais no clube do que em mim como treinador, para que chegasse agora na Série B e o clube tivesse a certeza dos jogadores que deveria contratar. Mas infelizmente depois da perda do Estadual e da estreia da Série B, tomou-se uma decisão que a gente respeita”, disse durante participação no programa “Conversa de Boteco”.

Forner atribuiu a decisão da diretoria à uma pressão intensa nas redes sociais: “Nos clubes, a parte política é importante. Não sei se torcer contra, mas o presidente teve uma vitória bem apertada e o que o G5 propôs é uma coisa inusitada. Talvez fazer isso em um clube menor... mas o Coritiba é um clube grande, tem uma exigência. O presidente ganhou a eleição falando sobre isso, você tem um risco grande, algumas coisas não aconteceram como gostaríamos. Você tem uma pressão de redes sociais e fica não uma análise do todo.”

Para o ex-técnico, a demissão foi prematura e as dificuldades em dar andamento ao projeto foram muitas. “A gente encontrou dificuldades para trazer jogadores, não só por questões financeiras. Muitas vezes os jogadores não queriam jogar a Série B”, revelou, para analisar o momento de maior pressão: “Eu posso citar como exemplo os jogos que jogamos com um time completamente reserva. Contra o Maringá, com um time totalmente alternativo, jogadores chegando, fora de forma, arriscamos bastante. Depois contra o Foz, a gente tinha ainda uma chance contra o Goiás para passar de fase. Depois daqueles jogos começou uma pressão muito grande. Não foi bom, mas tinha um proposito por trás daquilo.”

Forner ainda evitou comparar o desempenho do Coxa com o do rival Atlético-PR: “É uma situação totalmente diferente entre Atlético e Coritiba. Tudo que aconteceu, não é analisado. É analisado só aquilo lá. Só que tinha um planejamento atrás disso.” Por fim, isentou uma vez mais o presidente e projetou uma equipe completamente mudada já nas mãos de Eduardo Baptista, que irá estrear diante do Criciúma: “Eu não quero culpar o presidente. É uma pessoa honesta, tá tentando fazer coisas boas para o clube. Entendo ele ter me demitido por que tem uma pressão muito grande em cima dele. O Coritiba agora, daqui algumas rodadas, vai ser um time totalmente diferente daquele que começou.”