Com salários atrasados, elenco do Guarani ameaça não jogar última rodada
A semana do Guarani iniciou de maneira turbulenta com a assembleia geral convocada pelos sócios e a consequente destituição do presidente Leonel Martins de Oliveira. Nesta terça-feira, outra polêmica tomou conta do Brinco de Ouro da Princesa. Em entrevista coletiva convocada e concedida pelos próprios jogadores nesta terça-feira, o grupo bugrino ameaçou não entrar em campo no próximo sábado, quando recebe o Goiás pela última rodada da Série B.
Com quatro meses de salários atrasados, o elenco do Guarani quer alguma posição da diretoria até sexta-feira. Quem falou pelo grupo foi Fabinho, ídolo da torcida e um dos jogadores com mais tempo de casa. Na coletiva, que contou com a presença de representantes do Sindicato dos Atletas do Estado de São Paulo (Sapesp), o atacante apenas se pronunciou, e não respondeu nenhuma pergunta da imprensa.
“A gente vai treinar, mas não garantimos que voltemos a jogar. Estamos aguardando que alguém nos traga uma solução pagando nossos salários porque não dá mais para esperar. Esse grupo fez e está fazendo de tudo para que o Guarani permaneça na Série B, e se depender de nós, já provamos isso, o Guarani não vai cair, mas queremos que esse pessoal tenha consciência e resolva nossa situação também”, declarou Fabinho, que estava acompanhado pelos outros 23 jogadores do elenco.
“Por tudo o que a gente vem fazendo, pelo tanto que estamos lutando para honrar essa camisa, a gente entende que a situação hoje é que não podemos ficar sozinhos. A gente quer que alguém, seja o presidente, seja algum empresário, seja lá quem for, que traga uma solução para resolver nossa situação de salários, porque não é fácil”, acrescentou o atacante bugrino.
Vale lembrar que o Guarani ainda depende de um empate diante do Goiás para afastar matematicamente qualquer possibilidade de rebaixamento. O duelo está marcado para o sábado, no Brinco de Ouro.
Se a greve acontecer...
De acordo com o artigo 65 do regulamento geral de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de 2011,"no caso de uma equipe não se apresentar em campo para uma partida previamente programada, o seu adversário será declarado vencedor pelo placar de três a zero". Além disso, o caso ainda seria julgado no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
Já o artigo 63 diz que "nos casos em que uma equipe se apresentar com menos de sete atletas ou ficar reduzida a menos de sete, após iniciada a partida, o clube correspondente perderá a quota da renda que lhe caberia, além de sofrer uma multa de R$ 10.000,00, aplicada pela CBF, sem prejuízo de sanções previstas no CBJD".
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