Cuca ouviu Sánchez sobre gol anulado e por isso acredita em acerto do juiz
O técnico Cuca foi bastante ponderado ao falar do polêmico gol anulado do atacante Leandro Damião no empate entre Inter e Santos por 2 a 2 nesta segunda-feira, em Porto Alegre, válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. O treinador disse que precisou ouvir o volante Carlos Sánchez, atleta santista envolvido diretamente no lance, para saber se o juiz acertou em sua decisão.
Segundo Cuca, o uruguaio disse que não foi o último a tocar na bola e, sim, o zagueiro Victor Cuesta, jogador do Internacional. Por conta disso, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro teria acertado ao anular o gol de Damião aos nove minutos do segundo tempo.
“O lance fatídico e polêmico não consigo dizer. O que eu faço? Eu vou ao jogador e pergunto. Perguntei a ele (Sánchez) se achava que tinha sido o último a bater na bola e ele me disse que não. Ele falou que foi o Cuesta. Então, tenho que acreditar no jogador mesmo sem ver”, afirmou Cuca.
“Criou-se esse dilema pois os árbitros ficaram em dúvida e como as vezes tem VAR (árbitro de vídeo), ou não. Eles ficam naquela busca de alguém dizer que lá na TV deu isso. E hoje isso seria o mais correto, que falasse logo o que aconteceu para acabar com a grande dúvida. No fim desestabilizou todo mundo, mas faz parte do jogo. Não foi esse lance que decidiu o jogo porque seria o 2 a 1. E o Inter fez o 2 a 1 depois em um belo contra-ataque com o Patrick e tivemos a força de buscar o empate novamente. O Inter no abafa e a gente no contra-ataque até o final”, disse.
Cuca voltou a ser questionado sobre o gol anulado na última pergunta da entrevista coletiva e foi bastante compreensivo com a arbitragem.
“Eu não sei dizer, fiquei na dúvida se foi o Sanchez que bateu na bola, aí não estaria impedido o Damião. Se ela bateu no Cuesta estaria impedido. Mas respeito tudo, está valendo um título para o Inter, não foi esse lance que decidiu o jogo. O Inter fez o 2º gol depois. É um lance difícil, não é fácil ser árbitro, eles não podem errar porque a cobrança é muito grande. Tento ajudar da melhor forma quando posso no canto dizendo se é lateral nossa, ou não, mas não está fácil a vida deles não”, disse.
O problema na anulação do gol é que o juiz parou o jogo por mais de seis minutos para consultar os assistentes e, principalmente, o quarto árbitro.
Enquanto o jogo estava parado, Ricardo Marques consultou o árbitro atrás do gol e o bandeirinha do campo de ataque do Inter. Depois, ele foi falar com o quarto árbitro e o bandeirinha do outro lado.
Após o longo período de interrupção, o árbitro confirmou a anulação do gol. Os jogadores do Inter alegaram que o passe para Damião partiu do volante Carlos Sánchez, do Santos, e por isso não estava impedido. Gabigol foi um dos últimos a falar com a arbitragem. De acordo com Renato Marsiglia, comentarista de arbitragem do SporTV, o gol foi bem anulado. A bola teria desviado em Cuesta antes de ir para Damião.
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