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"Momento maravilhoso" chega tarde e Atlético já lamenta fim do Brasileirão

Fábio Santos lamentou que boas apresentações estejam saindo já no final do Brasileiro - André Yanckous/AGIF
Fábio Santos lamentou que boas apresentações estejam saindo já no final do Brasileiro Imagem: André Yanckous/AGIF

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

28/11/2017 04h00

Correndo risco real de ficar fora da Libertadores após cinco anos consecutivos, o Atlético vive uma mistura de sentimentos neste fim de ano. De um lado, a esperança em alcançar uma vaga no G-7 ou possíveis G-8 e G-9. De outro, a lamentação pela chegada tardia de Oswaldo de Oliveira, que ganhou o grupo e melhorou a equipe, mas não teve tempo suficiente para alcançar voos mais altos na tabela. Instável durante quase todo o Brasileirão, o Galo só começou a reagir no fim de setembro e pode pagar caro no desfecho do campeonato.

“Não sei como chegaremos, mas agora temos de descansar e estudar as chances, é o que resta. É uma pena terminar o campeonato agora, depois da chegada do Oswaldo, a equipe vem crescendo e estamos vivendo um momento maravilhoso”, comentou o lateral Fábio Santos, após o empate contra o Corinthians.

De fato, Oswaldo de Oliveira deu uma nova cara ao Atlético. Isso aconteceu a partir da 26ª rodada, no fim de setembro. De lá pra cá, o Galo só não pontuou mais que o Vasco e o São Paulo. Foram apenas duas derrotas em 12 partidas com o treinador. Nas outras dez, venceu cinco e empatou a outra metade. O time deixou a ameaça do rebaixamento de lado e passou a brigar por uma vaga na Libertadores, mas as mudanças também aconteceram de outras formas. Jogadores como Robinho e Fred voltaram a se destacar e o time, que só perdeu um jogo em casa, um dos seus principais problemas no turno.

Se o Atlético mantivesse o atual desempenho de Oswaldo (55,5%) também com os antecessores Roger Machado e Rogério Micale, a equipe estaria hoje com 61 pontos, brigando entre os quatro primeiros por uma vaga na fase de grupos da Libertadores. Como isso não aconteceu, o Atlético-MG precisa não só fazer sua parte, mas até torcer para Grêmio e Flamengo se darem bem na Libertadores e Sul-Americana, respectivamente, para ver seu objetivo com um pouco mais de otimismo.

“Falei com os jogadores, é claro que aumenta a dificuldade de conquistar uma vaga, mas buscaremos até o fim. Pode ser que a gente consiga. Tem algumas coisas para acontecer, vamos insistir com isso, eu alertei isso a todos”, comentou Oswaldo.

Na última rodada, o Atlético pegará o Grêmio dentro do Independência. Até lá, o time já saberá se a luta continuará sendo pelo atual G-7 ou pelo G-8, caso o tricolor fature a Libertadores. Além de fazer seu dever de casa, o Galo ainda terá que torcer contra pelo menos dois concorrentes diretos: o Flamengo, Vasco, Botafogo e a Chapecoense.