Data histórica, reencontros, tabu e liderança. Um jogo especial no Allianz

Todos os ingressos colocados à venda para a torcida do Palmeiras para o duelo com o Atlético-MG, neste domingo, às 11h, estão esgotados. Pela primeira vez na temporada 2016 os palmeirenses compraram todas as entradas via internet. Informação suficiente para fazer do confronto pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro como uma partida especial.

Não por acaso o Allianz Parque vai receber um grande público. Uma série de fatores envolvem o confronto entre o líder e oitavo colocado da competição, que apesar da distância de nove pontos, trata o duelo como uma disputa direta. Os atleticanos enxergam a partida contra o Palmeiras como a chance de entrar de vez na briga pelas primeiras colocações.

“Nós, diferentemente dos torcedores, deveríamos pensar apenas no próximo jogo, que vai ser difícil e importantes. Mas é inevitável, a conta vem na cabeça. Mas com qualquer circunstância, ainda vai ter muito campeonato pela frente, até mesmo com uma vitória do Atlético. O Brasileirão é longo e muitas coisas acontecem durante o percurso. O importante é que a gente esteja firme para esse jogo”, disse o técnico Marcelo Oliveira, um dos personagens marcantes deste domingo.

Agora treinador alvinegro, Marcelo esteve no comando do Palmeiras até março. Campeão da Copa do Brasil em 2015, o técnico não teve sucesso nesta temporada. Caiu após começo irregular na Copa Libertadores e no Campeonato Brasileiro. Reencontro de técnico campeão também do outro lado. Líder do Brasileirão e com prestígio junto aos palmeirenses, Cuca é um ídolo do Atlético.

Foi o treinador da história conquista da Copa Libertadores de 2013. Aliás, título que completa três neste 24 de julho. Data em que Atlético e Olímpia entraram no gramado do Mineirão para a decisão do campeão sul-americano de 2013. Como teve prorrogação e disputa de pênalti, o Atlético foi campeão já nos primeiros minutos do dia 25.

No primeiro reencontro de Cuca com o Atlético, somente três titulares campeões da América vão começar a partida. O goleiro Victor, o zagueiro Leonardo Silva e o volante Leandro Donizete. “Tenho um carinho muito grande pelo clube e pelos profissionais que estão lá, pois são todos meus amigos. Guardo comigo tudo o que acontece, mas durante o jogo é outra situação. A gente necessita dos três pontos para continuar na liderança”, disse Cuca, que é responsável por iniciar um tabu que acompanha os duelos entre Palmeiras e Atlético, desde 2011.

Foi há cinco anos a última vitória palmeirense no confronto com os atleticanos, em partida pelo primeiro turno do Brasileirão daquele ano. Já no segundo turno, com Cuca no banco de reservas, o Atlético venceu e iniciou uma sequência de nove partidas sem derrotas para o rival paulista. Foram jogos por Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, com oito vitórias e somente um empate.

Se nas primeiras horas do dia 24 de julho de 2013 os atleticanos, incluindo o técnico Cuca, estavam apreensivos com a final da Libertadores que estava por vir, neste 24 de julho de 2016 o Atlético entra em campo para saber se pode ou não continuar sonhando com o título brasileiro. A euforia do 25 de julho de 2013 não vai se repetir em 2016, mas é possível que a data seja de esperança, com menos pontos de distância para o líder.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS X ATLÉTICO-MG

Data: 24 de julho de 2016, domingo
Horário: 11h (de Brasília)
Motivo: 16ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhaes (RJ)
Assistentes: Dibert Pedrosa Moises (RJ) e Luiz Claudio Regazone (RJ)

PALMEIRAS: Vagner, Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos, Tchê Tchê e Cleiton Xavier; Róger Guedes, Dudu e Erik (Alecsandro).
Técnico: Cuca

ATLÉTICO-MG: Victor, Carlos César, Leonardo Silva, Erazo e Fábio Santos; Leandro Donizete, Rafael Carioca e Maicosuel; Robinho, Carlos (Lucas Pratto) e Fred.
Técnico: Marcelo Oliveira.