Atlético-MG tira lições em goleada sofrida no Horto. Veja quais são elas
É um quase um chavão do futebol: “a derrota ajuda a tirar lições”. Nessa quinta-feira (26), o Atlético-MG foi goleado pelo Grêmio em pleno Estádio Independência. O técnico Marcelo Oliveira garante que o revés para os gaúchos será um aprendizado para o clube mineiro.
“Ajuda a tirar lições, ensinamentos, saber que o Atlético-MG é muito forte aqui dentro, mas os adversários podem vir e se aproveitar dos erros. A adversidade serve para nos fortalecer. O Atlético-MG já é muito forte, podem nos cobrar aí para frente, à medida em que os jogadores forem voltando. Vamos chegar em dezembro em condições de conquistar o título”, afirmou o treinador.
Mas o que foi absorvido do resultado obtido na terceira rodada do Campeonato Brasileiro? O UOL Esporte faz uma lista com os ensinamentos do revés para o Grêmio, todos embasados em declarações do comandante ou do elenco. Confira, abaixo, os pontos:
1) Recomposição
A parte direita do setor defensivo tornou-se um problema para o Atlético. Mas se engana quem pensa que Marcos Rocha é o único culpado pelo que acontece na região. Marcelo Oliveira crê que há necessidade de recomposição dos homens de frente e cita o gol anotado pelo lateral esquerdo homônimo como um aprendizado para as próximas partidas.
“Quero contar com o apoio (ofensivo) do Marcos Rocha, ele é muito importante, assim como Douglas (Santos) do outro lado. Principalmente contra equipes que vêm mais fechadas. Na jogada do primeiro gol, embora tenha sido pelo lado direito, alguém não acompanhou o lateral, e o Marcelo (Oliveira) saiu na cara do gol. Alguns erros individuais e coletivos que fizeram com que o Grêmio chegasse com perigo”, disse.
2) Cadê o 10?
Na partida contra o Grêmio, o Atlético-MG teve um problema evidente: a falta de criação de jogadas. Não é à toa que a equipe nem sequer incomodou o goleiro Marcelo Grohe. As ausências de Juan Cazares (na seleção equatoriana), Dátolo e Carlos Eduardo (lesionados) fizeram com que a equipe comandada por Marcelo Oliveira encontrasse dificuldades ao arquitetar os lances de finalização.
“Tenho falado, e uma das razões que vim para o Atlético-MG, é uma combinação de coisas boas. O elenco é muito bom. A questão não é de carência, é de ausência. Se tivéssemos o Carlos Eduardo, ou o Dátolo...”, lamentou o comandante.
3) Um substituto para o 9
Lucas Pratto é o único centroavante do elenco do Atlético-MG. Em partidas como a derrota para o Grêmio, a equipe sofre, principalmente devido às bolas alçadas na área. No confronto dessa quinta-feira, até os zagueiros Edcarlos e Tiago tentaram cruzamentos da intermediária, mas a ausência de uma referência atrapalhou o time.
“A ausência do Pratto, que é de área, e só tem um, não tem outro com essas características. Não tem que lamentar. A história que o Atlético-MG é candidato ao título é real, mas não precisamos ficar batendo nela. O Grêmio é um time forte também. Vamos ajustar para o próximo jogo, a defesa, criar mais situações e ser mais efetivos, em condições de fazer o gol”, comentou.
4) Vulnerabilidade defensiva
Edcarlos e Tiago fizeram uma de suas piores atuações com a camisa do Atlético-MG. Os erros acarretaram em vaias dos mais de 17 mil pagantes que foram ao estádio Independência, nessa quinta-feira. Edcarlos, inclusive, reconhece que cometeu falhas na goleada sofrida para o Grêmio:
“O time é o mesmo que jogou contra o Santos, contra o Atlético-PR fora. Não temos que mudar a filosofia. Temos que, nós, jogadores, ter a consciência de que temos que fazer melhor. Não marcamos, ficamos expostos e, com um ataque habilidoso e rápido como é o do Grêmio, não deu. Isso que aconteceu”, concluiu.
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