Após uma década, rebaixamento é preocupação distante dentro do Atlético-MG
“O Atlético está num caminho sem volta”, bradava o ex-presidente do clube, Alexandre Kalil, na sua reta final de mandato. Uma das frases favoritas do agora CEO da Primeira Liga tem muito a ver com um acontecimento de dez anos atrás. Foi em 27 de novembro de 2005 que o Atlético-MG caiu pela primeira e única vez na sua história. Porém, uma década depois, o clube vive longe da ameaça de uma nova queda.
Um dos motivos para Kalil e demais membros da diretoria alvinegra afirmarem que o Atlético está num caminho sem volta está no orçamento do clube apresentando a cada temporada. O reajuste superou a marca de 400% em menos de uma década. Saiu de R$ 60 milhões em 2008 para mais de R$ 227 milhões em 2016.
Algo percebido dentro de campo. Entre 2004 e 2011 o atleticano viu clube descer de patamar no futebol brasileiro. Nesse período, em apenas duas oportunidades o Atlético não lutou contra o rebaixamento. Em 2006, quando estava na Série B, e em 2009, quando chegou a sonhar com o título brasileiro mas terminou a competição em 7º lugar.
Reestruturado administrativamente e com estrutura física que jamais teve antes, a Cidade do Galo se tornou o melhor centro de treinamento do Brasil, o Atlético voltou a figurar entre os primeiros colocados no Brasileirão. É assim desde 2012, com uma Libertadores, uma Copa do Brasil, uma Recopa, três estaduais em quatro possíveis e muito próximo do segundo vice-campeonato brasileiro também em quatro temporadas.
Algo que valoriza o clube dentro e fora do país, como revela o argentino Lucas Pratto. O camisa 9 revelou que para os jogadores é um orgulho fazer parte de uma equipe que sempre briga pelas primeiras colocações. “É um time grande que brigou nos últimos quatro anos pelas coisas mais importantes. Ganhou a Libertadores, a Copa Brasil e atualmente é o segundo colocado na liga local. É um time grande, que quer fazer mais história. É um orgulho jogar aqui e saber que o Atlético é bem visto lá fora”.
Ao se tornar o primeiro clube a aderir ao Profut, o Atlético deu outro importante passo para se consolidar na disputa dos primeiros lugares. A sensação dentro do clube é que outras grandes conquistas estão perto. Por isso, uma das exigências do atual presidente, Daniel Nepomuceno, na escolha do novo treinador passa pelo perfil vitorioso.
É brigar sempre em cima, para evitar a tristeza que a torcida teve dez anos atrás. “Evidente que treinador tem que saber da grandeza do Atlético e estar disposto para o desafio de ser campeão”.
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