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Após Alonso e Ricciardo, próxima peça do mercado de pilotos é Raikkonen

Kimi Raikkonen - Mark Thompson/Getty Images
Kimi Raikkonen Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Spa-Francorchamps (BEL)

23/08/2018 04h00

Kimi Raikkonen chegou a ser dado como carta fora do baralho da Ferrari para a temporada 2019 entre maio e junho deste ano, quando a imprensa italiana noticiou que, internamente, a Scuderia já tinha optado por promover o novato Charles Leclerc para a posição de companheiro de Sebastian Vettel. Mas a morte do presidente do Grupo Fiat/Chrysler e grande entusiasta do monegasco, Sergio Marchionne, e os bons resultados do campeão de 2007 parecem ter mudado o cenário.

O futuro de Raikkonen é a próxima peça importante no quebra-cabeça da temporada 2019. O mercado se aqueceu nas últimas semanas, com a ida de Daniel Ricciardo para a Renault no lugar de Carlos Sainz, que assinou com a McLaren na vaga de Fernando Alonso. O espanhol anunciou que não vai correr na F-1 ano que vem, enquanto Pierre Gasly foi confirmado na vaga de Ricciardo na Red Bull.

Assim, a última indefinição entre os times grandes é justamente na Ferrari, já que Mercedes - que segue com Lewis Hamilton e Valtery Bottas - e Red Bull (com Gasly e Max Verstappen) estão fechados, e o próprio Vettel também está garantido.

Raikkonen recebeu uma proposta da McLaren e também foi citado por Frederic Vasseur como uma das possibilidades para a sua Sauber, mas não esconde que a prioridade é ficar em Maranello.

“Obviamente, a equipe sabe o meu lado da história, mas a decisão é deles e é assim que tem sido há anos”, lembrou Raikkonen. “Devido a diversos aspectos, tenho interesse em saber meu futuro, não só pela minha própria vida, mas também pela da minha família, eles também querem saber. Mas tomara que eu saiba logo, já que [essa indefinição] não pode durar para sempre.”

Raikkonen durante GP de Fórmula 1 em Mônaco - Frank Augstein/AP - Frank Augstein/AP
Imagem: Frank Augstein/AP
Pelo menos na pista, o finlandês tem feito a sua parte, diferentemente de anos anteriores. Uma prova disso é a comparação de sua pontuação em 2018 e ano passado: antes do GP da Bélgica de 2017, Raikkonen era quinto, com 116 pontos, enquanto Vettel liderava - ou seja, o finlandês respondia por 36% dos pontos ferraristas. Já exatamente no mesmo ponto do atual campeonato, ele tem 146 pontos, é terceiro, e foi responsável por 43% dos pontos da Scuderia.

Raikkonen reconheceu que o carro deste ano é melhor, mas também acredita ter sua parcela. “Acho que é uma combinação de coisas. O carro é decente e continua evoluindo, e também tem a ver com a sensação com o carro. Acho que várias coisas estão se encaixando, mas ainda há muitas coisas para melhorar. Nesse esporte é assim: até quando você ganha há coisas que poderia ter feito melhor, então nunca paramos de evoluir e encontrar soluções.”

O finlandês tem ainda um aliado importante: Vettel já declarou publicamente considerar que Leclerc, de 20 anos, pode não estar maduro o suficiente para ir para a Ferrari em seu segundo ano na categoria. “Acho que Charles, de um jeito ou de outro, terá uma grande carreira. Ele não precisa ter pressa. Ele é jovem, mas quando se é jovem você sempre quer apressar tudo.”

Sem a pressão do presidente Marchionne, que faleceu em julho depois de complicações devido a uma cirurgia, aumentam as chances de a Ferrari não arriscar promover o jovem, que vem fazendo uma excelente temporada de estreia, pela Sauber, tendo pontuado em cinco das 12 provas disputadas até aqui.

Acredita-se que a Ferrari vá aproveitar o GP da Itália para anunciar quem estará ao lado de Vettel em 2019. Antes disso, a F-1 tem, neste domingo, o GP da Bélgica.

Confira os horários do GP da Bélgica
Sexta-feira
Treino livre 1 6h
Treino livre 2 10h

Sábado
Treino livre 3 7h
Classificação 10h

Domingo
Corrida 10h10

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