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F-1 desiste de proteção no cockpit e alivia punições a pilotos para 2017

Charles Coates/Getty Images
Imagem: Charles Coates/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Hockenheim (ALE)

28/07/2016 13h52

A Fórmula 1 votou nesta quinta-feira uma série de mudanças para a temporada de 2017 e resolveu desistir da introdução da proteção de cockpit chamada halo. A polêmica proposta, que visa aumentar a segurança dos pilotos na região da cabeça, única que ainda é mais vulnerável a acidentes, não recebeu a votação unânime necessária para sua aprovação entre equipes e promotores.

Entretanto, de acordo com documento publicado pela Federação Internacional, a proteção será introduzida a partir de 2018 e só ficou no papel para o ano que vem devido "ao pouco tempo para avaliar o total potencial das opções existentes". Assim, fica aberta a possibilidade da aerotela, projeto da Red Bull que foi abandonado após ter falhado em testes de segurança.

Ainda assim, caso o halo não seja introduzido em 2017, a federação continuará as pesquisas para encontrar uma solução que agrade a todos para a temporada seguinte. "Vamos estudar mais detalhadamente", disse o promotor Bernie Ecclestone à BBC. "Não vimos muitos pontos positivos."

Nesta quinta-feira em Hockenheim, onde a F-1 disputa sua 12ª prova da atual temporada, Vettel, um dos pilotos a testar o halo, defendeu o dispositivo. "Não gostamos da aparência, mas não acho que há qualquer coisa que justifique morte. Então, acho que sempre aprendemos com as coisas que acontecem, incidentes que aconteceram na pista e sempre tentamos melhorar. Seria a primeira vez na história da humanidade que uma lição seria aprendida e nada seria mudado. Acho que nós precisamos fazer isso acontecer, caso contrário seria bem estúpido."

Daniel Ricciardo, da Red Bull, também saiu em defesa da proteção. "Acho que as pessoas de fora precisam entender que, quando dizemos que isso vai tornar as coisas mais seguras, não quer saber que vamos assumir menos riscos. Não vai mudar a maneira como encaramos uma Eau Rouge, por exemplo, só vai aumentar a segurança em acidentes estranhos."

Outras mudanças foram acertadas na reunião do Grupo de Estratégia, incluindo o relaxamento das restrições às instruções dadas via rádio aos pilotos, e a abolição das punições quando os pilotos abusam dos limites de pista, indo além das linhas brancas que delimitam o traçado para ganhar tempo em determinados pontos em que as zebras são mais baixas. Tais mudanças terão efeito imediato, começando já neste GP, na Alemanha, e só não incluem o procedimento de largada, que continua tendo de ser feito totalmente pelo piloto, sem ajuda do box.

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