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Calor, luta interna da Mercedes e ameaça da Red Bull prometem movimentar GP

Clive Mason/Getty Images
Imagem: Clive Mason/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Budapeste (HUN)

23/07/2016 18h00

A pista de Hungaroring é conhecida pela falta de espaço para ultrapassagens, mas ao mesmo tempo foi o palco de provas inusitadas nos últimos anos, como na vitória de Daniel Ricciardo em 2014, com manobras feitas nas últimas voltas, e a conquista de Sebastian Vettel com a Ferrari ano passado. Em 2016, na prova que tem largada às 9h pelo horário de Brasília, não faltam perguntas a serem respondidas.

“Será uma grande batalha com Lewis e as Red Bull”, reconheceu o pole position Nico Rosberg. “Estou me sentindo muito bem neste final de semana, em todo tipo de condição - no molhado, seco e até com tanque cheio - então tem sido tudo ótimo até aqui. Estou animado para a corrida, que será uma grande oportunidade.”

Do lado da Red Bull, Daniel Ricciardo, que larga em terceiro, também acredita que pode lutar com os líderes do campeonato.

“Como sempre, as Mercedes têm um ótimo ritmo de corrida, como vimos nos treinos livres, mas estaremos por perto e obviamente largamos em uma posição boa o bastante para lutar com eles.”

Outra dúvida é em relação à disputa interna na Mercedes, uma vez que, desde o último GP, estão em vigor leis internas de conduta para evitar que Rosberg e Hamilton tenham colisões. Porém, não se sabe exatamente quais são estas leis. “É nosso destino”, disse o chefe Toto Wolff sobre a tensão interna entre os pilotos, divididos por apenas um ponto no campeonato. “Achamos que nossa dupla é boa e eles nos ajudaram a chegar onde estamos, mas às vezes eles nos não dor de cabeça. É uma questão de equilíbrio.”

Qual a melhor tática?
Com a previsão de mais um dia de muito calor em Budapeste (as temperaturas têm ficado na casa dos 30ºC no final de semana), a administração dos pneus será fundamental, especialmente na primeira parte da prova, em que os pilotos que largam no top 10 estarão com os compostos supermacios.

“Acho que se estiver quente vai ser difícil conseguir dar muitas voltas com o supermacio. Ou pelo menos voltas rápidas”, avaliou Ricciardo.

“Não acho que será uma corrida de uma parada. No momento, parece que serão duas paradas e obviamente temos três opções de compostos, então vamos ver o que os outros vão fazer.”

Isso não é uma boa notícia para Felipe Massa, que tentará se recuperar depois de bater na classificação. O brasileiro sai da 18ª colocação.

“Acho que todas as equipes vão tentar parar o mínimo de vezes possível porque é difícil ultrapassar. E acho que fazer só uma parada vai ser impossível”, disse.

Outra possibilidade é a chuva, ainda que a chance seja pequena. “Prefiro que a pista esteja seca”, disse Lewis Hamilton, que larga em segundo. Não me importo em pilotar na chuva porque parece que eu sempre vou bem nesse tipo de condição, então veremos. Para os fãs espero que fique seco, mas também espero que seja uma corrida divertida, como ano passado.”

Depois de impressionar sob condições difíceis na classificação, quando chegou a ser o piloto mais rápido da pista, Felipe Nasr, que larga em 16º, não esconde sua preferência. “Vai ser uma questão de gerenciar bem os pneus em uma pista que costuma ser muito quente. Mas é lógico que, seu eu pudesse, eu pediria um pouco de chuva.”

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