Por que Pelé e Maradona não ganharam título que Neymar e Messi disputam

Brasil ou Argentina, Neymar ou Messi? A decisão da Copa América às 21h de hoje (10) no Maracanã vai significar uma conquista que nem Diego Maradona nem Pelé obtiveram na carreira. E não foi por falta de tentativa.

Ascensão e decadência

Dos dois gênios, quem disputou mais edições da Copa América foi Diego Armando Maradona: três, em 1979, 1987 e 1989 (a última delas no Brasil).

A estreia de Maradona, ainda o "Dieguito" de 18 anos, foi em 1979, quando a Copa América foi disputada sem sede fixa. O técnico César Luis Menotti armou um time misto de profissionais e juvenis (por causa do Mundial da categoria disputado no Japão e vencido pela Argentina). Maradona atuou em uma única partida (3 a 0 contra a Bolívia). Jogou no estádio do Vélez Sarsfield, fez um gol e não atuou mais. A Argentina foi eliminada logo na primeira fase.

Em 1987, como campeão mundial na Copa do México de um ano antes, a Argentina recebeu a Copa América e era grande a expectativa de ver a azul e branca confirmar seu título em casa. Cansada e fora de forma, a seleção foi eliminada pelo Uruguai na semifinal. O título ficou com a própria Celeste, e Maradona marcou três gols, contra Peru e Equador (dois).

A última Copa América de Maradona foi a de 1989, realizada no Brasil. Diego quase fez um golaço do meio do campo contra o Uruguai, mas a bola bateu no travessão. No triangular final, enfrentou o Brasil e teve uma atuação apagada, levando até um drible entre as pernas dado por Romário.

Participação única

O currículo de Pelé na Copa América registra uma única participação: entre março e abril de 1959, em Buenos Aires, quando o campeonato ainda se chamava Sul-Americano.

A base da seleção brasileira era a equipe campeã da Copa de 1958 um ano antes. A forma de disputa colocava as sete seleções participantes no sistema todos contra todos, sempre no Monumental de Núñez.

Pelé terminou como artilheiro da competição, com oito gols, e foi eleito o craque do torneio, mas o título ficou com a Argentina, que só precisava de um empate e defendeu o 1 a 1 que precisava.

Aquele Sul-Americano ficou famoso também pela batalha campal entre Uruguai e Brasil. Os dois times (mais reservas e intrusos) trocaram socos e pontapés durante e depois da vitória brasileira por 3 a 1.