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10 cenas que você precisa ver do primeiro dia do Rio Open 2020

Fotojump
Imagem: Fotojump

Colunista do UOL

18/02/2020 05h54

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A jornada de abertura da sétima edição do Rio Open não poderia ter sido muito mais emocionante. Em um só dia, o torneio teve duas históricas vitórias de brasileiros, as duas partidas mais longas de sua história, um triunfo memorável de um espanhol de 16 anos, a estreia da revisão eletrônica de jogadas em um ATP no saibro e match points salvos de maneiras incríveis, além de sangue quente em quadra, com saques por baixo, bate-boca, torcida xingando jogador e muito mais. Tudo isso com a última partida do dia encerrada exatamente às 3h da manhã, invadindo a terça-feira. Confira abaixo dez das cenas mais marcantes deste primeiro dia de torneio.

1. Thiago Wild derrota Alejandro Davidovich Fokina por 5/7, 7/6(3) e 7/5

Foram 3h49min de drama, altos e baixos, sangue quente e pontos de altíssimo nível até que o brasileiro Thiago Wild, 19 anos, número 206 do mundo, fechou o duelo com o espanhol Alejandro Davidovich Fokina, #90 aos 20 anos. O match point (veja no vídeo acima), com a torcida indo ao delírio e Wild se jogando no saibro, foi o fim perfeito para um jogo que teve de tudo e tornou-se a partida mais longa da história do Rio Open.

2. Fokina salva break point com saque por baixo

O primeiro set estava nervoso, Thiago Wild havia acabado de perder o serviço, e a torcida tentava motivar o brasileiro. Com o placar em 5/5, Fokina se viu diante de um break point e se salvou da maneira mais ousada/corajosa/insana possível: iniciando o ponto com um saque por baixo.

3. Coragem em dose dupla

O espanhol repetiu a dose no tie-break do segundo set, quando perdia por 6/2, com quatro set points para o brasileiro. No primeiro deles, Fokina novamente sacou por baixo e ganhou o ponto. Wild alegou que não estava olhando na hora do saque e não gostou nada, nada do que aconteceu.

4. Cenas lamentáveis

O dia, infelizmente, não teve só espetáculo. A torcida se voltou contra Fokina em vários momentos do jogo, e houve alguns cidadãos que passaram do limite. No vídeo acima, é possível claramente ouvir um xingamento desferido em direção a Fokina e falado em espanhol.

5. Wild salva três match points

Antes do tie-break do segundo set, Wild precisou sacar em 5/6 e 0/40, com três match points seguidos para o rival. O que aconteceu nos três pontos foi espetacular. No primeiro, uma bola na fita que deixou Fokina sem reação. No segundo, um winner do brasileiro. No terceiro, uma curtinha que o espanhol alcançou, mas rebateu para fora e, para piorar, Fokina terminou o lance chocando-se contra a rede e a câmera do sistema de revisão eletrônica.

6. Matos e Luz derrotam Cabal e Farah por 6/1, 4/6 e 10/8

Foi um daqueles roteiros deliciosos que tomam um desvio inesperado e terminam com um final feliz. De um lado, a dupla número 1 do mundo: Juan Sebastian Cabal e Robert Farah. Do outro, dois jovens convidados do torneio que vinham em bom momento, mas jogando eventos de porte muito menor. Pois os gaúchos Rafael Matos e Orlando Luz surpreenderam e anotaram uma vitória espetacular em uma Quadra 1 lotada, num ambiente memorável. Um pedaço de noite que entra para o curto rol dos mais saborosos sucessos brasileiros no Rio Open.

7. Carlos Alcaraz: aos 16 anos, um fenômeno

Logo depois da partida mais longa da história do torneio (Wild x Fokina), a Quadra Guga Kuerten viu a segunda partida mais longa do torneio. Em 3h36min, o jovem Carlos Alcaraz, de 16 anos, bateu o compatriota espanhol Albert Ramos Viñolas por 7/6(2), 4/6 e 7/6(2). O placar final, por si só, já seria histórico - foi a primeira vez em um torneio ATP que um tenista nascido em 2003 venceu uma partida. Não foi, contudo, "só" isso que aconteceu. É que para chegar ao triunfo, Alcaraz teve de sair de um buraco profundo. Ele chegou a sacar em 0/3 e 0/40 no terceiro set antes de arrancar cinco games seguidos de um tenista tão experiente quanto Ramos.

8. Revisão eletrônica estreia em um ATP no saibro

Em um dia de tantos feitos históricos, vale registrar que a segunda-feira foi o primeiro dia em que um sistema de revisão eletrônica foi usado na chave principal de um ATP no saibro. O sistema, chamado FoxTenn, mostra, em um replay em câmera ultralenta, o momento exato do quique da bola no chão. É um mecanismo muito mais preciso que o Hawk-Eye, usado na maioria dos torneios do circuito mundial.

9. Torcida até o fim

Alcaraz e Ramos Viñolas duelaram madrugada adentro, mas houve quem torcesse com empolgação até o fim. Uma senhora, que gritava praticamente sozinha, tentava empurrar Viñolas de todos os jeitos, fosse gritando "Arrasou!" depois de seus pontos ou pedindo "Vamos, Albert!"

10. Match point às 3h

Não é todo dia que uma partida de tênis termina às 3h da manhã. Fica o registro acima do match point de Alcaraz e do ambiente na Quadra Guga Kuerten no momento.

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