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Rodrigo Coutinho

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Apesar de tudo, Musiala deu uma mostra do que pode ser capaz em 2026

Colunista do UOL

08/12/2022 04h00

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O momento da seleção alemã não é nada bom. Foi eliminada pela segunda Copa do Mundo seguida na fase de grupos e caiu ainda nas oitavas de final da última Eurocopa. É um momento de reconstrução para que possa voltar a honrar sua tradição no próximo Mundial. Uma certeza, porém, é de que há um jovem talento que pode ser o principal nome do próximo ciclo. Jamal Musiala se salvou em meio ao caos!

Antes de completar 20 anos, ele já está em sua terceira temporada como peça importante do elenco do Bayern de Munique e foi titular nos três jogos germânicos na Copa do Qatar. Provavelmente terminará a competição como o jogador que mais tentou dribles a cada 90 minutos: 18! Um claro reflexo de seu estilo de jogo agressivo.

O jovem natural de Stuttgart costuma atuar como um meia-central ou partindo do lado esquerdo do ataque. Destro, não é exatamente um jogador de passes maravilhosos e altamente cerebral, mas de movimentação incessante e inteligência para receber nas costas do meio-campo adversário, além de potência para conduzir na direção da área, driblar, finalizar, ou servir seus companheiros. Infiltra muito na área.

A atitude que teve nos quase 300 minutos em que esteve em campo nesta Copa chamou muito a atenção. Não sentiu nem um pouco a responsabilidade, e tinha atletas de peso e qualidade esperando por uma brecha no banco de reservas.

01 - Molly Darlington/Reuters - Molly Darlington/Reuters
Stephanie Frappart conversa com Musiala e Tejeda durante Costa Rica x Alemanha, jogo da Copa do Mundo
Imagem: Molly Darlington/Reuters

Sobretudo no jogo contra a Costa Rica, no momento em que a Alemanha sofreu a virada, e o time entrou em parafuso, foi dele a iniciativa de conduzir a equipe novamente ao ataque.

Seja com conduções de bola, dribles, no domínio orientado que apresenta para dar soluções rápidas às jogadas, funcionou como a ''força motriz'' da ''Die Mannschaft''.

Não foi desta vez que conseguiu balançar as redes na maior competição do futebol mundial. Deu uma assistência no empate diante da Espanha, mas a ansiedade e a melhor leitura do que fazer no momento final das jogadas atrapalharam.

Com o passar do tempo ele vai ganhar essa ''casca''. Terá quatro anos pela frente para não só aumentar sua média de gols e assistências pela seleção, algo que já é altíssimo no Bayern, mas também para ser a principal peça ofensiva de um time que necessita ser mais letal. Musiala é o futuro surgindo na nossa frente!