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Rodrigo Coutinho

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Suíça e Camarões deixam boas notícias para o Brasil

Colunista do UOL

24/11/2022 08h58

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A seleção brasileira estreia logo mais na Copa do Mundo 2022 diante da Sérvia, certamente a adversária mais complicada da 1ª fase. A sensação anterior ao Mundial virou certeza com os problemas apresentados pelos outros dois integrantes do Grupo G. Os suíços venceram por 1x0, gol de Embolo, mas tiveram um desempenho bem irregular diante dos camaroneses, que oscilaram física e animicamente.

Murat Yakin não fez nenhuma mexida de última hora. Escalou a Suíça que vinha jogando a maioria das últimas partidas. Já Rigobert Song optou por Choupo-Moting em detrimento a Aboubakar no centro do ataque de sua seleção. Uma novidade foi a entrada de Mbeumo pela direita, um atacante mais agudo em relação a Ngameleu.

Nem o torcedor mais otimista de Camarões esperava o predomínio de sua seleção perante a Suíça no 1º tempo. Os europeus começaram confiantes e foram murchando a medida que perceberam que a estratégia adotada não encaixava. Mais tempo com a bola, se instalaram no campo de ataque com Xhaka bem projetado às costas do meio-campo africano, próximo de Sow e Embolo, mas o time não criou.

Shaqiri se mexia para o ''meio-espaço'' pela direita e abria o corredor para Widmer passar. Vargas ficava mais fixo pelo flanco esquerdo. A bola circulava na intermediária rival, mas o time não conseguia entrar. Não tinha mecanismos para ganhar a área. Quando forçava cruzamentos, a zaga camaronesa, principalmente Casteletto, afastava. Embolo tomou decisões erradas. Pareceu disperso nos duelos com a defesa oponente.

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Como Suíça e Camarões iniciaram o duelo válido pela 1ª rodada do Grupo G da Copa do Mundo 2022
Imagem: Rodrigo Coutinho

Além de dar alguns contragolpes a Camarões com o cenário descrito acima, os suíços sofreram ao tentarem adiantar a marcação. Mesmo sem tanta estruturação, os africanos insistiam na saída curta para atrair os europeus, e venciam os duelos. Hongla e Anguissa principalmente. A partir daí tinham campo para acelerar e as costas da defesa adversária para explorar. Mbeumo deu muito trabalho assim.

O rápido ponta canhoto saía da direita em direção a área. Se associava com Choupo-Moting. Toko-Ekambi foi outro a funcionar. Sommer fez três defesas que impediram gols dos ''Leões Indomáveis''. Camarões ganhou confiança e aumentou sua taxa de posse de bola. Também produziu ao se instalar no ataque. Widmer impediu um gol certo de Toko-Ekambi depois de belo cruzamento de Hongla.

A melhor saída para a Suíça foi recuar para tentar encaixar contragolpes. Conseguiu dois na reta final do 1º tempo. Ambos terminaram em escanteios, que foram finalizados de forma perigosa por Elvedi e Akanji, dupla de zaga dos ''Schweizer Nati''. A bola parada aérea camaronesa mostrou-se frágil.

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Choupo-Moting disputa a bola com Nico Elvedi na partida entre Suíça x Camarões
Imagem: Claudio Villa/Getty Images

A seleção africana parece ter voltada desatenta para o 2º tempo. Tanto que levou um gol logo aos três minutos numa circulação de bola básica da Suíça, algo que havia sido feito diversas vezes na 1ª etapa, mas não tinha dado resultado. A defesa flutuou lentamente em uma inversão de Freuler para Shaqiri, e o cruzamento do camisa 23 encontrou Embolo livre na área. O atacante abriu o placar.

Camarões ainda assustou em dois lances antes dos 20 minutos com Anguissa e Choupo-Moting. Akanji mostrou-se um elo frágil do miolo de zaga europeu. Novamente Sommer mostrou porque é um grande goleiro. O volume ofensivo dos africanos foi bem inferior ao do 1º tempo. Fisicamente a equipe caiu muito após o intervalo. Nem conseguiu fazer pressão na reta final da etapa complementar.

A Suíça teve espaço para contra-atacar e perdeu boas chances de ampliar. Onana fez grande defesa em finalização de Vargas e em chute de Xhaka de fora da área. Depois impediu a finalização de Seferovic em boa jogada de Rieder. O resultado não se alterou até o fim dos 90 minutos e a sensação deixada foi de que Brasil e Sérvia terão que se esforçar para ficar sem as duas vagas disponíveis no grupo.

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