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GP do Azerbaijão: datas, horários e tudo sobre a 4ª etapa da F1 em 2023

Sergio Pérez em ação na pista de Baku em treino livre em 2022 - Mark Thompson/Getty Images
Sergio Pérez em ação na pista de Baku em treino livre em 2022 Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Colunista do UOL

27/04/2023 04h00

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A Fórmula 1 vai estrear um novo formato para a sprint justamente na já caótica pista do Azerbaijão. Serão duas sessões de classificação: na sexta-feira, será definido o grid do GP, e o sábado se torna o dia da sprint, com uma classificação mais curta no lugar do segundo treino livre e a mini-corrida logo em seguida. A ideia é ter mais sessões competitivas no fim de semana e tornar os dois eventos independentes para que os pilotos ataquem mais na sprint.

Mesmo com o formato diferente, as Red Bull seguem como favoritas. Na verdade, as retas longas de Baku devem favorecer o carro do líder do campeonato Max Verstappen e do vice-líder Sergio Perez, já que ele gera menos resistência ao ar naturalmente e atinge velocidades máximas altas sem precisar de asas muito pequenas.

Aston Martin promete uma asa traseira que gera menos arrasto para tentar resolver o problema crônico de velocidade final do carro do terceiro colocado no mundial Fernando Alonso. E a Mercedes, terceira entre as equipes, também deve ter novidades no carro.

O GP do Azerbaijão volta a ser disputado em abril, e pode ir parar em setembro no ano que vem se planos de organizar melhor o calendário saírem finalmente do papel. A prova seria realizada entre os GPs da Itália e Singapura em 2024.

Como acompanhar o GP do Azerbaijão:

Sexta-feira, 28 de abril
Treino livre 1, das 6h30 às 7h30: BandSports
Classificação do GP, das 10h às 11h: BandSports

Sábado, 29 de abril
Classificação da sprint, das 5h30 às 6h15: BandSports
Sprint, das 10h30 às 11h: Band (SP e outras praças)/BandSports

Domingo, 30 de abril
Corrida, a partir das 7h (largada às 8h): Band e BandNewsFM

azerbaijão - Dan Mullan/Getty Images - Dan Mullan/Getty Images
Max Verstappen durante a classificação do GP do Azerbaijão
Imagem: Dan Mullan/Getty Images

Circuito Urbano de Baku

Distância: 6.003km

Número de voltas: 51

DRS - 2 zonas
Detecção zona 1: antes da curva 2
Ativação zona 1: entre as curvas 2 e 3
Detecção zona 2: curva 20 (meio da reta)
Ativação zona 2: reta principal

Pneus disponíveis: C3 (duros), C4 (médios) e C5 (macios)

Recorde em corrida: 1min43s009 (Charles Leclerc, Ferrari, 2019)

Resultado em 2023

Pole position: Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min41s359

Pódio:
2º Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1h34min05
2º Sergio Perez (MEX/Red Bull) +20s823
3º George Russell (ING/Mercedes) +45s995

Características da pista de Baku

O GP do Azerbaijão virou sinônimo de ultrapassagens: nas quatro primeiras edições do evento, o menor número de manobras foi 42, o que fica acima das médias das temporadas de 2016 para cá. E, em 2017 e 2018, foi a prova com o maior número de trocas de posição do campeonato. No entanto, em 2022, quando a média de manobras subiu, Baku teve apenas 23 trocas de posição.

Outra característica de Baku é ter resultados imprevisíveis, como o pódio de Lance Stroll em 2017 ou de Vettel na Aston Martin e Gasly de AlphaTauri em 2021. E Sergio Perez pode ser considerado um especialista em Baku: foram quatro pódios em seis corridas disputadas.

As curvas são lentas como em Mônaco, mas na reta o melhor seria ter uma configuração como Monza. É preciso encontrar um meio termo, mas dando prioridade para asas que geram menos resistência ao ar, já que é na reta que acontece a maior parte das ultrapassagens. Porém, é melhor não exagerar, pois pouca asa significa um carro mais nervoso nas curvas, e isso costuma vir junto de uma maior degradação dos pneus na corrida.

Os freios são muito requisitados, então é importante manter a temperatura sob controle. Ainda mais neste final de semana, em que é esperado muito calor em Baku, com os termômetros perto dos 30ºC. Especialmente para a classificação, isso também significa que as equipes terão de cuidar para não chegar nas últimas curvas com os pneus superaquecidos.

Curiosidades sobre o GP do Azerbaijão

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Nico Rosberg, da Mercedes, comemora vitória no Azerbaijão em 2016
Imagem: Dan Istitene/Getty Images

Na primeira vez que a F1 correu no Azerbaijão, em 2016, a corrida foi chamada de GP da Europa. De fato, o país faz parte do mapa físico da Europa, cuja fronteira mais oriental são os Montes Urais, na Rússia. O país fazia parte da ex-União Soviética, tem forte relação cultural com a Rússia e também com o Irã. Mesmo com essas influências, a língua local tem raíz no turco, e era escrita com o alfabeto árabe até o século passado, quando uma versão modificada do latim foi adotada.

O Azerbaijão é conhecido como a "Terra do Fogo" devido aos depósitos de gás que, em algumas partes do país, geram "fogueiras" naturais. É o caso da montanha Yanar Dag, próxima de Baku, em que as chamas chegam a 3 metros de altura. É das reservas naturais de gás, e também de petróleo, que vem a riqueza do país.

A cidade de Baku é a maior capital do mundo situada abaixo do nível do mar (a -28 metros). A cidade fica na beira do Mar Cáspio, foi fundada no século V a.C. e ainda preserva algumas estruturas medievais, do século XII, como é possível ver ao longo do circuito da F1. Por conta disso, a cidade velha de Baku é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. O circuito passa ao lado de uma das muralhas que circundam a cidade velha.