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Opinião

Derrota de Charles do Bronx é banho de água fria que Brasil não precisava

O card principal do UFC 300, evento realizado neste sábado (13), se tornou um novo marco para a popularização do MMA no Brasil. Por contar com a presença dos dois atletas mais populares do esporte no país, Charles do Bronx e Alex Poatan, o interesse por parte dos fãs foi instantâneo, o que imediatamente refletiu na procura e no engajamento dos assuntos relacionados ao show.

Ao mesmo tempo, o status de melhor card da história do UFC adicionou visibilidade aos feitos de todos atletas no octógono - e Charles do Bronx tinha tudo para ser o maior beneficiado nesta noite. Fenômeno de popularidade, o ex-campeão foi superado por Arman Tsarukyan, número quatro do ranking, e perdeu seu posto de próximo desafiante ao cinturão dos pesos-leves (70 kg). Vale destacar, inclusive, que o brasileiro quase finalizou o rival nos minutos iniciais da disputa e e só foi derrotado por decisão dividida dos jurados.

No entanto, o resultado é o que pesa. Na mesma hora em que os fãs no Brasil voltaram a comentar intensamente sobre o esporte, o maior ícone da atualidade, caso tivesse se credenciado para disputar o título e fazer uma revanche contra o seu algoz Islam Makhachev, estaria com os holofotes voltados todos para si.

Assim como em 2021, quando se tornou campeão e passou a ser um dos rostos mais famosos do esporte nacional, Charles teria a responsabilidade de encabeçar esse novo momento do UFC no país: com novos parceiros e plataformas de transmissão. Teria, não fosse o tropeço por decisão dividida nesta noite em Las Vegas (EUA).

Após um card praticamente perfeito, com triunfos de destaque de Diego Lopes, Renato Moicano, Deiveson Figueiredo e Jéssica Bate-Estaca, a derrota de Do Bronx foi o banho de água fria que ficará na memória dos fãs brasileiros.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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