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Blog do Juca Kfouri

REPORTAGEM

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Enorme frustração tricolor em Córdoba

Moises Ramirez, do Independiente del Valle, e Patrick, do São Paulo, durante final da Copa Sul-Americana - Fotobairesarg/AGIF
Moises Ramirez, do Independiente del Valle, e Patrick, do São Paulo, durante final da Copa Sul-Americana Imagem: Fotobairesarg/AGIF

01/10/2022 18h52

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Duas observações se impõem antes de falar do jogo que decidiu a Copa Sul-Americana:

1. A Conmebol precisa reconhecer o erro da decisão em jogo único porque o destino do torneio é terminar em estádios vazios como se viu em Córdoba;

2. Será necessário, também, vender melhor a competição para pelo menos uma TV aberta para que a decisão deixe de ser clandestina.

Dito isso, o Independiente Del Valle iniciou a final bem melhor que o São Paulo o que lhe permitiu abrir o placar logo aos 13 (ótimo número) minutos, depois que Diego Costa afastou mal a bola que permitiu o passe para Lautaro Díaz fazer 1 a 0.

As duas defesas davam mole e as chances de gol se sucediam, com Calleri desperdiçando chance de ouro e Sornoza chutando na trave brasileira.

Para quem não é torcedor de nenhum dos times o jogo era delicioso, porque os ataques prevaleciam sobre duas más defesas.

Para os tricolores era irritante pela facilidade ofensiva dos equatorianos e pelas oportunidades perdidas.

Verdade que o final da etapa inicial foi toda são-paulina, mas o gol não saiu e tudo ficou para os últimos 45 minutos.

O segundo tempo começou no diapasão do fim do primeiro e Calleri cabeceou o empate para fora em cruzamento de Igor Vinicius. Parecia mentira.

E à medida que o jogo seguia mais mentira parecia porque o gol não saía, rimas pobres e nenhuma solução.

Até que aconteceu o de sempre: quem não faz?

Sornoza, Lautaro e Faravell triangularam lindamente e o último fez o 2 a 0, aos 66'.

Nem dois minutos depois, Calleri perdeu outro gol. Que coisa!

Não foi desta vez que o São Paulo quebrou o jejum de título de alguma importância, mesmo considerando que a Sula é secundária, mas que daria, ao menos, vaga na Libertadores do ano que vem.

Igor Gomes, Galoppo e Éder foram chamados por Rogério Ceni já como medida desesperada. Patrick, Alisson e Nestor foram embora.

Mas aí os equatorianos já pintavam e bordavam na Argentina, sob olé entoado pela torcida local, evidentemente contra o time brasileiro.

Ceni garantiu que iria embora caso não vencesse, embora o time tenha feito para marcar pelo menos três gols, fora duas grandes defesas do goleiro Ramirez.

Enfim, a festa prevista para Córdoba virou uma enorme, lamentável frustração.

Mas o presidente do clube ganhou o direito de mais um mandato.

Para coroar, Calleri acabou expulso em seu país.