Com alta da covid-19, Globo estuda possibilidade de transmissões remotas

O aumento do número de casos da covid-19 no Brasil fez a Globo estudar a possibilidade de realizar transmissões esportivas de forma remota para reduzir a ida de profissionais a seus estúdios. A emissora realiza testes para verificar a viabilidade técnica de narrações remotas. O expediente é já adotado pela Disney há um ano.

A coluna apurou que um teste aconteceu na última sexta-feira (12), na transmissão do jogo entre Osasco x Curitiba pela Superliga Feminina de Vôlei. O narrador Jader Rocha e o comentarista Carlão estavam na sede do Esporte da Globo, mas em estúdios diferentes e usando a tecnologia de transmissões de casa.

Telespectadores sentiram a diferença no áudio do narrador e até questionaram se ele já estava no modelo de home office, o que pelo menos na última sexta-feira não aconteceu. Internamente, o teste foi chamado de uma "transmissão experimental", já que a Globo não definiu se usará esse padrão mais vezes.

A possibilidade de jogos serem feitos com narrador de forma remota na Globo acontece por causa da alta de mortes pela covid-19. O Brasil vive seu momento mais crítico desde o início da pandemia do novo coronavírus, com mais de 2 mil mortes e 80 mil novos casos registrados por dia.

A Disney já usa a transmissão de forma remota, com equipe de narração e comentários totalmente de casa, na maioria de seus eventos. Para o Grupo Globo, o fato não é totalmente inédito, porque boa parte de seus comentaristas atuam de forma remota. Mas a narração de eventos esportivos nunca foi considerada por causa da qualidade técnica que a Globo costuma entregar.

Vacinado contra a covid-19 desde a última sexta (12), as transmissões remotas podem ser uma possibilidade de Galvão Bueno voltar ao trabalho com mais segurança. Mesmo imunizado, com a situação muito grave no país, o narrador de 70 anos ganha uma possibilidade para ficar seguro em casa enquanto tudo não se normaliza para colegas seus.