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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Palmeiras sofre demais contra lanterna, mas tendência agora é sobrar

Rony, do Palmeiras, comemora gol no duelo contra o Juventude pelo Brasileirão, no Allianz Parque. 10/09/2022 - [Ljava.lang.String;@3066e7de/Ettore Chiereguini/AGIF
Rony, do Palmeiras, comemora gol no duelo contra o Juventude pelo Brasileirão, no Allianz Parque. 10/09/2022 Imagem: [Ljava.lang.String;@3066e7de/Ettore Chiereguini/AGIF

Colunista do UOL Esporte

11/09/2022 08h45

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Era o típico jogo em que o sofrimento seria compreensível pelo contexto, mas os três pontos tinham que ser conquistados para que a dura eliminação na Libertadores não se transformasse em grave crise. Principalmente por se tratar de um confronto em casa com o lanterna do Brasileiro.

O Palmeiras dominou totalmente e jogou para golear o frágil Juventude. Organizou bela jogada ensaiada no primeiro tempo, com Danilo servindo Dudu, que desperdiçou à frente do goleiro Pegorari. O camisa sete ainda acionaria Gustavo Scarpa em uma tabela bonita na segunda etapa, mas de novo a bola não entrou.

O gol saiu em bola longa de Marcos Rocha para Rony infiltrar e, enfim, acertar a finalização e abrir o placar antes do primeiro minuto do segundo tempo. Todos os caminhos levavam a um segundo tempo tranquilo.

Mas Gustavo Gómez, inseguro nos últimos jogos, deixou que o batalhador Pitta ganhasse na velocidade pela direita, rolasse para trás, errado. Só que a bola bateu nas costas de Murilo e Guilherme Parede, que entrara na vaga de Óscar Ruiz no ataque, teve reflexo para virar rápido e decretar um improvável empate.

Falta de sorte no gol sofrido, mas felicidade e competência para desempatar logo em seguida, no escanteio sempre perigoso de Scarpa pela direita e o toque de Zé Rafael para as redes. Com 67% de posse e nada menos que 23 finalizações, 13 de dentro da área e 11 no alvo, não sair com a vitória seria uma catástrofe e um claro sinal de queda do líder para animar a concorrência.

A distância na tabela, porém, seguirá intacta. E agora vem o refresco que o calendário brasileiro entrega para quem se frustra nas outras competições. Uma semana de trabalho para Abel Ferreira e comissão até o jogo contra o Santos, novamente no Allianz.

Depois mais dez dias da data FIFA, mesmo sem os jogadores convocados por suas seleções, para juntar os cacos da perda do tri sul-americano no aspecto mental, mas principalmente retomar a concentração defensiva e aprimorar as finalizações. Ainda ajustar a dinâmica do ataque com Bruno Tabata na vaga de Raphael Veiga, que deve operar o tornozelo e não jogar mais na temporada.

A estrutura é forte, com volume de jogo, movimentação do quarteto ofensivo - incluindo Tabata, que pode jogar centralizado ou à esquerda e se mexe mais que Veiga, dando opções para Scarpa e Dudu. O Palmeiras mostrou repertório para furar a linha de cinco do Juventude, apesar dos 40 cruzamentos, mas precisa fazer a bola entrar com mais frequência. Sofrer menos.

Com tempo para trabalhar, a narrativa das "12 finais" e só o Brasileiro para se dedicar, enquanto Flamengo segue em outras duas frentes, Fluminense ou Corinthians terá a Copa do Brasil como meta de título e o Athletico desde já só pensa em Libertadores, a tendência é o Alviverde sobrar nos pontos corridos para conquistar o título que falta a essa equipe já histórica de Abel.

(Estatísticas: SofaScore)