No embalo da Copa do Brasil, São Paulo segura Fluminense em ótimo jogo

O São Paulo de Rogério Ceni costuma ser forte ao lado de sua torcida no Morumbi. No Brasileiro, só perdeu para o Palmeiras, de virada nos minutos finais. Mas respondeu bem na Copa do Brasil três dias depois, vencendo por 1 a 0.

Mesmo com muitos problemas de lesões e o desgaste natural da temporada, que, por exemplo, colocou Igor Vinicius, Welington, Rodrigo Nestor e Calleri no banco, apenas três dias depois da classificação épica no mata-mata nacional, eliminando o rival Palmeiras nos pênaltis.

Mas foi justamente essa motivação, no campo e no estádio, que fez a equipe superar as muitas dificuldades, incluindo as lesões de Jandrei e Leo, mais o desempenho ruim do jovem Patryck na lateral esquerda, que logo deu lugar a Welington. Tudo isso ainda no primeiro tempo.

Mais obstáculos para encarar um Fluminense iluminado e também motivado pela classificação na Copa do Brasil, enfiando 3 a 0 sobre o Cruzeiro no Mineirão. Com dois dias a mais de preparação em relação ao adversário.

Nuances que proporcionaram um ótimo jogo e justiça nos 2 a 2 do placar final. Com alternância de domínio, mas superioridade do time mais inteiro. O Fluminense terminou com 63% de posse e 15 finalizações, porém apenas seis de dentro da área e três no alvo. Muito pela atuação apenas razoável de Paulo Henrique Ganso e o desempenho ruim de Cano, que perdeu chance cristalina logo no início do jogo.

Ceni se virou com o que tinha. Inicialmente em um 4-4-2 com Eder e Luciano na frente e Patrick como escape à esquerda. Mais o jovem Talles Costa, fazendo dupla com Pablo Maia no meio. Inconstantes, porém com bons momentos. Gols de Luciano e Patrick, construindo uma virada improvável antes do intervalo.

Porque o Flu de Diniz tocava a bola, com aproximações e triangulações, além da bela jogada individual em transição ofensiva que terminou no gol do excelente volante André. Oscilou, mas cresceu muito no segundo tempo, com as substituições. Especialmente Nathan circulando pelos flancos e Felipe Melo na zaga - substituindo Luccas Claro, que entrou em uma emergência no lugar de Nino - qualificando a saída de bola.

Ainda Nonato, que entrou para ocupar a função de Martinelli no meio e cruzou a bola na cabeça de Manoel, zagueiro artilheiro que decretou a igualdade mais condizente com o que foi o jogo. Ainda que Calleri tenha feito Fabio trabalhar. Mas foram apenas seis finalizações dos donos da casa, duas no alvo. Nas redes. De novo um São Paulo eficiente. E raçudo, no embalo da Copa do Brasil.

Para parar um oponente que busca se impor dentro ou fora de casa. Mas teve a sequência de seis vitórias interrompida, embora aumente a invencibilidade para oito partidas. Não é pouco e, com apenas duas frentes, a tendência é seguir lutando no G-4.

(Estatísticas: SofaScore)