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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Rocha: Grêmio afunda porque compete pouco e não tem um Taison para decidir

Taison comemora gol marcado pelo Inter contra o Grêmio no Beira-Rio - Pedro H. Tesch/AGIF
Taison comemora gol marcado pelo Inter contra o Grêmio no Beira-Rio Imagem: Pedro H. Tesch/AGIF

Colunista do UOL Esporte

06/11/2021 21h23

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Como esperado, o Gre-Nal foi tenso e equilibrado no Beira-Rio. O tricolor vinha de jogos parelhos contra Palmeiras e Galo, mas a necessidade de vitória para continuar na saga para fugir do Z-4 deu o que o Colorado precisa para deixar o jogo à feição para a equipe de Diego Aguirre.

O quarteto Edenilson-Patrick-Taison-Yuri Alberto tinha campo para acelerar as transições ofensivas. Com 40% de posse, finalizou nove vezes, duas no alvo. Taison foi o destaque enquanto esteve em campo, deitando e rolando nas costas do limitado Thiago Santos. Definiu em cabeçada completando assistência de Edenilson, que também serviu Patrick, mas o meia pela esquerda no 4-2-3-1 de Aguirre concluiu na trave.

O Inter se impôs porque competiu mais que o rival. Se o Grêmio está em situação desesperadora é justamente porque em momentos cruciais o time não igualou a disputa em intensidade. Um chute de longe de Lucas Silva que Marcelo Lomba espalmou e tocou no travessão, alguns dribles de Douglas Costa, alternando nas pontas com Ferreira, e a entrada de Vanderson no lugar de Rafinha. Entregando a força no apoio que falta ao lateral veterano.

Não foi suficiente. O elenco de G-6 em um clube estruturado na gestão vai protagonizando a maior decepção da história dos pontos corridos. Com Renato Gaúcho, Tiago Nunes, Luiz Felipe Scolari e agora Vagner Mancini, o Grêmio pagou tantas vezes por querer menos que os adversários. Sem os talentos assumindo de fato a responsabilidade de conduzir o time.

O Colorado celebrou como título, até exagerando com o "caixão", que passou muito do ponto na rivalidade. Só aí o Grêmio mostrou o "sangue nos olhos" que faltou no campo, partindo para a briga. Agora é tarde e a reação parece improvável nos nove jogos que faltam.

O Inter segue lutando por vaga no G-6. Tem time, elenco e treinador para isso. Mas o triunfo que clube e torcida sonhavam já está na conta. Com Taison desequilibrando e resolvendo. Foi a grande diferença no clássico já histórico.

(Estatísticas: SofaScore)