Bayern vira sobre Dortmund na moral, mas também sofre com temporada insana
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Foi um grande jogo no Signal Iduna Park valendo a liderança na Bundesliga. Foram 29 finalizações na partida, quinze do Borussia Dortmund. Mas só cinco no alvo, contra sete do Bayern de Munique.
O campeão alemão e europeu novamente se impôs na eficiência, mas também na moral de conquistas e vitórias recentes. Superando ausências como de Pavard na lateral direita, substituído por Bouna Sarr, francês que foi o "mapa da mina" dos ataques do Dortmund. Assim como os passes longos para Haaland nas costas de Boateng e Alaba.
Hans-Dieter Flick também penou com a lesão de Kimmich, justamente ao tentar parar o jovem fenômeno norueguês em um contragolpe. Tolisso entrou e manteve o alto nível, mas mudou as características do meio-campo na execução do 4-2-3-1 habitual do time bávaro. Mais força, menos técnica e controle.
O Dortmund teve o jogo nas mãos no primeiro tempo. Saindo fácil da pressão do Bayern que não é a mesma da temporada passada. Nem pode ser com jogos a cada três/quatro dias, incluindo partidas da Liga dos Campeões nas últimas três semanas. Acelerando pela esquerda com Raphael Guerreiro e Giiovanni Reyna ou Jadon Sancho, que alternavam pelos flancos também num 4-2-3-1.
Com Marco Reus entrando na área para receber passe da esquerda e abrir o placar aos 45 minutos do primeiro tempo. A vantagem seria fundamental na ida para o intervalo pela chance de ratificar o plano de jogar em velocidade com espaços de sobra. Mas o momento iluminado faz o Bayern conseguir fazer tudo dar certo. Com competência para executar a jogada ensaiada na cobrança de falta, mas também sorte pelo chute de Alaba que iria no meio da meta de Bürki, desviar no lateral Meunier e entrar, empatando já nos acréscimos.
A virada logo no início da segunda etapa baixou a guarda de um Dortmund traumatizado por tantas derrotas recentes. Jogada bem coordenada pela esquerda entre Gnabry e Lucas Hernández, que colocou na cabeça de Lewandowski. Coman quase fez o terceiro no minuto seguinte batendo na trave.
Mas a vantagem foi a senha para o Bayern novamente "descansar" no jogo. Nem sinal do estilo "saque e voleio" da temporada passada, mantendo a volúpia ofensiva. Plantou duas linhas de quatro deixando Muller com Lewa mais adiantados, mas sem muita compactação e intensidade. Nem na pressão sobre o adversário com a bola no próprio campo, porque é mesmo complicado administrar fisicamente jogando sempre como protagonista e favorito.
Haaland seguiu aterrorizando a zaga bávara, mas sem a contundência de outros momentos. Também porque não encara um goleiro qualquer. Neuer segue fundamental e agora é ainda mais importante pela marcação mais frouxa. Só que o Bayern tem outra vantagem em relação aos concorrentes no país: o elenco.
Leroy Sané entrou na vaga de Coman na ponta direita e definiu no contragolpe, que passou a ser a arma do time de Flick. Assistência de Lewandowski, novamente desequilibrante. O camisa nove marcou outros dois gols, corretamente anulados pela arbitragem com auxílio do VAR.
Mas o Dortmund, com Thorgan Hazard e Julian Brandt nas pontas, seguiu forçando a última linha de defesa do rival e insistiu até Haaland, enfim, ir às redes e fechar os 3 a 2. Já era tarde, porém, para buscar um empate. É a sina mesmo da equipe que perdeu a segunda colocação para o RB Leipzig.
O líder é o de sempre, porém sofrendo também pela necessidade de dosar energias. Levando mais gols que o normal - foram seis nas últimas quatro partidas. Tendência em uma temporada maluca, praticamente sem período de treinamentos. Nem o melhor da Europa e do mundo passa ileso.
(Estatísticas: Whoscored.com)
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