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Brasileiros mal na Sul-Americana e Libertadores: planejamento ou soberba?

Os resultados dos brasileiros ontem na Libertadores e na Sul-Americana não refletem nosso atual domínio do continente. Claro, o bizarro calendário obriga diversos times a estrear em meio às finais dos estaduais, enquanto a geografia força partidas em locais desafiadores.

Mas a discrepância financeira não deveria permitir tantos resultados ruins. Verdadeiro milionário do confronto na Colômbia, o Flamengo conseguiu tomar o empate e um sufoco do Millionarios depois de ficar com um a mais em campo. Com um ilógico gol perdido por Viña antes dos cinco minutos de jogo, e as entradas fulminantes dos jovens Emerson Rivaldo (sim, em homenagem a e ele mesmo) Rodríguez e Daniel Ruiz já no finalzinho, o Rubro-negro voltou ao Rio com um amargo empate na bagagem. Teria sido melhor não poupar ninguém? Ou faltou acreditar no potencial do adversário? Sobrou grana e faltou gana?

Com quase vinte dias para treinar, o Corinthians também retornou a São Paulo com um mísero pontinho. Diante de meia dúzia de gatos-pingados no imenso Estádio Centenário, contra o Racing uruguaio, sofreu o empate aos 39 do segundo tempo (depois de escapar de um gol anulado por impedimento, três minutos antes). Continua sendo uma equipe bastante inofensiva, mesmo contra um frágil oponente. O Argentino Juniors, principal rival do grupo, venceu o Nacional-PAR fora de casa e largou na frente pela fundamental primeira colocação.

Depois de uma impressionante atuação no mercado e uma deprimente eliminação na semifinal do Gaúcho, o Inter também só conseguiu um melancólico 0 a 0 contra o modesto Belgrano, mesmo com 73% de posse de bola.

Finalista do Gaúcho, o Grêmio escalou a brutal altitude de time reserva — mas com a ilustre presença de Renato Portaluppi — e tomou logo 2 a 0 do The Strongest.

Só o Athletico-PR não tomou conhecimento do desconhecido Sportivo Ameliano, goleando por 4 a 1 no Paraguai.

Hoje, Cuiabá, Fortaleza e Red Bull Bragantino estreiam na Sula. O Botafogo turbulento, o Palmeiras poupado e o Fluminense desfigurado, na Libertadores.

É cedo e o tempo mostra que um brasileiro sempre chega à final. Mas quem não acordar logo pode acabar de fora da festa. Por falta de planejamento e competência. Ou uma pitada de soberba mesmo.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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